Uma das principais jogadoras da equipe dos EUA, Hope era vaiada a cada vez que tocava na bola, ou recebia o grito de "zika" quando cobrava tiros de meta. O motivo? As fotos publicadas por ela em uma rede social, nas quais mostrava uma grande quantidade de repelentes e usava um chapéu com uma rede de proteção para se proteger do zika vírus.
Em entrevista a TV americana NBC, Hope disse não ter percebido que os gritos eram para ela durante a partida. E ainda destacou que prefere as vaias a um estádio calado. "Eles estavam se divertindo. Pelo menos estava barulhento no estádio. Eu prefiro ter isso (vaias) do que ouvir uma agulha cair", declarou a goleira.
Praticamente todas as notícias relacionadas à partida veiculadas nos meios de comunicação dos Estados Unidos traziam as vais para Hope em destaque. "Solo estava, aparentemente, pagando o preço pelos comentários públicos e tuítes sobre o zika vírus, que teve uma epidemia no Brasil", escreveu o The New York Times.
A publicação novaiorquina ainda destacou que apesar das vaias, Hope não teve muito trabalho na partida contra as neozelandesas.
O Los Angeles Times também noticiou as vaias recebidas por Hope. No texto, a treinadora da equipe norte-americana, Jill Ellis, fala sobre a reação da torcida mineira. "Hope se desculpou com o povo brasileiro. Às vezes erros são cometidos. Mas estamos acostumadas a sermos vaiadas em outros países. Mas eu espero que os brasileiros apreciem o que estamos tentando fazer com a bola e superem isso", disse a técnica.
Algumas companheiroas de Hope, como Carly Lloyd também falou sobre o assunto. "Nós estávamos esperando isso. Estávamos esperando vaias e pessoas gritando coisas. Mas isso não muda o foco. Continuamos focadas no jogo", destacou a jogadora.
Hope se desculpou com os brasileiros na última semana em Belo Horizonte, alegando que sua reação foi exagerada devido ao modo como a imprensa norte-americana retrata o zika vírus. Publicações como o The Washington Post e a Sports Illustrated também ressaltaram as vaias e gritos recebidos por Solo.
Veja a repercussão das vaias em alguns jornais: