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Vela

14/03/2016 16:19 / atualizado em 14/07/2021 21:31
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No Rio, Brasil ganhou ouro na vela com Martine Grael e Kahena Kunze
foto: AFP / WILLIAM

No Rio, Brasil ganhou ouro na vela com Martine Grael e Kahena Kunze



Embora as embarcações estejam presentes na história das civilizações há milênios, o uso de barcos a vela para competições é algo relativamente recente. A origem vem do século 17, quando surgiu, na Holanda, um tipo de embarcação chamado “jaghtstchip”. Esse novo barco rapidamente atendeu aos interesses comerciais holandeses e passou a ser adotado para pequenas viagens internas, no transporte de cargas entre cidades vizinhas e também para exercitar os jovens marinheiros.

Por ser uma embarcação prática e de fácil condução, o jaghtstchip atraiu a atenção do rei Carlos II, da Inglaterra, que, à época, encontrava-se exilado na Holanda. Quando finalmente pôde retornar a seu reino, Carlos II, após realizar melhorias no jaghtstchip, ajudou a elaborar outros tipos de barcos, tendo sido um dos grandes incentivadores do iatismo na Inglaterra, além de promover as primeiras regatas em águas britânicas.

O primeiro clube de vela conhecido, porém, não é inglês. O Royal Cork Yatch Club nasceu em 1720, na Irlanda. Em 1749, o clube realizou sua primeira grande regata, uma prova de Greenwich a Nore. Somente 50 anos depois é que nasceu, em Londres, o Royal Thames Yatch Club. A primeira regata internacional foi disputada em 1851, próximo à Ilha de Wight, e recebeu o nome de Hundred Guineas Cup.

A chegada da vela aos Estados Unidos e a fundação, em 1844, do New York Yatch Club impulsionaram o desenvolvimento da modalidade ao redor do mundo. Em 1907, nasceu a União Internacional de Corridas de Iates (IYUR), depois rebatizada de Federação Internacional de Vela (ISAF), que
hoje administra o esporte em nível mundial.

Na história das Olimpíadas, a vela registra sua primeira participação nos Jogos de Paris-1900.  Depois disso, diversas categorias da vela saíram e entraram na programação olímpica.

No Brasil, a vela desembarcou no fim do século 19, trazida por descendentes de europeus. Em 1906, foi fundado o Iate Clube Brasileiro, primeiro clube dedicado ao esporte, no Rio de Janeiro. A primeira prova nacional foi disputada em 1935 e recebeu o nome de Troféu Marcílio Dias. Em 1941, foi fundada a Federação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), que controlou o esporte em nível nacional até 2007, quando, devido ao acúmulo de dívidas, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) interveio na entidade. Em 2013, foi criada a Confederação Brasileira de Vela (CBVela), nova administradora  da modalidade no país.

Recorde de medalhas

Em Londres-2012, Robert Scheidt inscreveu, mais uma vez, seu nome no rol de medalhistas olímpicos. Ao lado de Bruno Prada, o velejador conquistou o bronze na classe star e igualou o recorde de pódios de Torben Grael na modalidade: cinco.

Rio

Uma das classes mais tradicionais da vela em Olimpíadas, a Star é disputada em desde 2016, nos Jogos do Rio de Janeiro. Em 2011, o conselho da Federação Internacional de Vela (ISAF) decidiu tirar a classe da Olimpíada do Rio. O Brasil conquistou seis medalhas olímpicas na Star: duas de ouro, uma de prata de e três de bronze.

Nos Jogos de 2016, o Brasil foi ouro na classe 49erFX com Kahena Kunze e Martine Grael.


Em Tóquio, o Brasil será representado na vela pelos seguintes atletas:

Feminino

- Fernanda Oliveira/Ana Barbachan - 470 feminino

- Kahena Kunze/Martine Grael - 49er FX

- Patrícia Freitas - RS:X feminino


Masculino

- Henrique Haddad/Bruno Benthlem - 470 masculino

- Gabriel Borges/Marco Grael - 49er

- Robert Scheidt - Laser

- Jorge Zarif - Finn

 

Misto

- Gabriela Nicolino/Samuel Albrecht - Nacra 17


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