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Tênis de mesa

14/03/2016 16:05 / atualizado em 14/07/2021 22:51
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Número 7 do mundo, Hugo Calderano é esperança do Brasil em Tóquio
foto: ITTF

Número 7 do mundo, Hugo Calderano é esperança do Brasil em Tóquio


A capacidade de adaptação e a criatividade foram fatores fundamentais para a criação do tênis de mesa. Como o irmão mais famoso depende de boas condições climáticas para ser praticado, um dia de chuva acabou resultando nos primeiros pequenos passos do tênis de mesa. Por volta de 1880, jogadores de um clube inglês improvisaram um novo jogo por causa do mau tempo. Sobre uma mesa de sinuca, com livros como raquetes, um barbante como rede e uma bola de tênis normal, surgiram as primeiras raquetadas do tênis de mesa.

Encarado como brincadeira no começo, o desenvolvimento da modalidade começou com regras bem similares às do tênis de quadra. O grande passo dado pelo esporte veio em 1890, com a introdução da bola de celulóide, perfeita para a prática do esporte. A partir dali, o tênis de mesa começou a dar passos mais largos rumo à modernização.

Em 1900, o esporte chegou à China, introduzido por ocidentais. Um marco importantíssimo, já que atualmente a China é a grande potência da modalidade. Ainda assim, foi na Europa que surgiu a Federação Internacional de Tênis de Mesa (ITTF, em inglês), em 1926. A federação instituiu regras mais claras e realizou já naquele ano o primeiro Mundial. Nas décadas seguintes, a competição foi dominada pelos europeus, mas a história mudaria.

Com a evolução da tecnologia, as raquetes ganharam uma cobertura de esponja que alteraram de maneira fundamental a parte técnica da modalidade. Com o avanço, veio também o crescimento avassalador dos orientais no esporte. A superioridade é tamanha que a romena Angelica Rozeanu-Aldestein, campeã em 1955, foi a última não-asiática a vencer o Campeonato Mundial feminino no individual.

O reconhecimento do Comitê Olímpico Internacional veio em 1977. Quatro anos mais tarde, o tênis de mesa foi aceito no programa das Olimpíadas. A estreia ocorreu em 1988, em Seul. Das 12 medalhas distribuídas naquela edição, nove ficaram com atletas asiáticos. A China dominou a disputa entre as mulheres, levando ouro, prata e bronze. No masculino, a Coreia do Sul, jogando em casa, ficou com ouro e prata, enquanto o sueco Erik Lindh faturou o bronze. Nas duplas, a China foi ouro, Iugoslávia prata e Coreia bronze entre os homens. Já entre as mulheres, as coreanas conquistaram a medalha de ouro. A China terminou com a prata e a Iugoslávia com o bronze.

A partir das Olimpíadas de Pequim-2008, os jogos de duplas foram substituídos pelas disputas por equipe. Os chineses conquistaram a medalha de ouro tanto no masculino quanto no feminino, em simples e por equipes. O resultado se repetiu em Londres, quando os chineses dominaram os quatro eventos novamente. Além dos quatro ouros, a China ainda faturou duas pratas na Inglaterra, justificando o status de potência do tênis de mesa.

 

Desempenho brasileiro

O Brasil jamais conquistou uma medalha olímpica. O melhor desempenho foi de Hugo Hoyama, em Atlanta’1996, ao chegar às oitavas de final. Para isso, ele eliminou o campeão mundial Jorgen Persson, da Suécia.

Hoyama tem dez medalhas de ouro em Pan-Americanos, além de uma de prata e quatro de bronze. Outro nome de destaque no esporte brasileiro é Claúdio Kano, com 12 medalhas em Pan-Americanos, sendo sete delas de ouro. Cláudio faleceu num acidente de motocicleta em 1996.

Tóquio

Em Tóquio, o Brasil será representado por seis atletas:

Feminino

- Bruna Takahashi

- Caroline Kumahara

- Jéssica Yamada

**A seleção feminina definiu Giulia Takahashi como atleta AP (atleta substituta) da equipe.

 

Masculino

- Gustavo Tsuboi

- Hugo Calderano

- Vitor Ishiy

**A seleção masculina definiu Eric Jouti como atleta AP (atleta substituto) da equipe.


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