A praia cinzenta das finais do #Surfing e o monumento torii, portão que simboliza a chegada da divindade vinda do mar #Tokyo2020 @SuperesportesMG @em_com pic.twitter.com/Ew8ZPynfaT
— João Vítor Marques (@jvnmarques) July 27, 2021
Porém, a ideia foi descartada, já que a intenção é evitar a construção dos chamados "elefantes brancos" - estruturas criadas para grandes eventos, mas pouco usadas nos anos seguintes. Aí entra a Tsurigasaki Surfing Beach, localizada na costa pacífica no extremo leste japonês.
O local atrai cerca de 600 mil surfistas por ano. Por isso - e pela relativa proximidade da capital -, foi escolhida como sede da modalidade. A opção por uma praia natural também foi feita por conta da cultura do surfe, da conexão com as ondas reais.
O presidente da Associação Internacional de Surfe, Fernando Aquerre, explicou que a ideia foi construir um ambiente natural de praia. "O Comitê Olímpico Internacional nos pediu para criar uma cena praiana em Chiba", disse à Surfer.com.
Mas havia muito receio em relação à qualidade das ondas em Chiba, que, no verão, costumam ser mais fracas. A "sorte" foi a chegada de um tufão no local, o que acelerou o vento e melhorou as condições do mar. Porém, deixou os cenários bastante mais cinzas e pouco 'instagramáveis'.
"Tufões são como furacões são chamados na Ásia durante o verão e o outono. Ventos de tufão são muito mais fortes do que os ventos alísios (comuns nessa época). Portanto, eles geram ondas muito maiores", explicou o oceanógrafo Sally Warner, num artigo publicado na internet.
"É uma tempestade tropical de três graus, numa escala até cinco. Então, não há o que se preocupar", tentou tranquilizar o porta-voz dos Jogos, Masa Takaya, sobre o tufão que se aproxima.
As mudanças no clima já são totalmente perceptíveis. Enquanto nos primeiros dias fez sol e calor - com temperaturas superiores a 36ºC -, agora chove fraco e venta muito na capital japonesa. Azar das câmeras e das redes sociais, sorte dos surfistas que contam com ondas melhores.