Preparador físico na Copa’1970 e técnico na Olimpíada de Montreal’1976, Coutinho havia assumido a Seleção Brasileira em fevereiro de 1977 na vaga de Osvaldo Brandão. Ele estava em Alfenas, no Sul de Minas, concentrado com a delegação do Flamengo, quando recebeu a notícia. A missão do treinador era dar continuidade à renovação que começou com Brandão, responsável por convocar jovens como Cerezo, Zico, Falcão, Roberto Dinamite e Reinaldo.
A Seleção Brasileira começou a preparação para a Copa da Argentina com uma série de amistosos contra seleções estaduais. No fim de março, embarcou para uma sequência de jogos na Europa e Arábia Saudita. O primeiro adversário seria a França, que até aquele 1º de abril, jamais havia vencido o Brasil. As duas seleções já haviam se enfrentado quatro vezes, com três triunfos brasileiros e um empate. Entre as vitórias, estava a goleada por 5 a 2, com três gols de Pelé, na semifinal da Copa’1958.
Coutinho escalou basicamente o time que jogaria o Mundial: Leão; Toninho, Oscar, Amaral e Edinho; Cerezo, Zico, Rivellino e Tarcísio; Reinaldo e Dirceu. O Brasil começou melhor. No primeiro tempo, Reinaldo desperdiçou um gol cara a cara com Bertrand-Demanes. O castigo veio na etapa final: aos 41min, Petit cruzou, Oscar cortou mal e a bola sobrou limpa para Platini chutar forte no canto esquerdo de Leão.
Não foi a única vez que Platini levou a melhor sobre o Brasil. Nas quartas de final da Copa do México’1986, foi do camisa 10 o gol de empate em 1 a 1. Nos pênaltis, a França eliminou o Brasil, resultado que se repetiria na final de Copa da França’1998 (3 a 0) e nas quartas da Alemanha’2006 (1 a 0).