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Apostas: jogador ex-América-MG faz acordo com o MP-GO, diz jornal

Três jogadores citados na Operação Penalidade Máxima II fecharam acordos com o Ministério Público de Goiás após depoimento nesta semana

26/05/2023 17:26 / atualizado em 26/05/2023 18:13
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Nino Paraíba rescindiu com o América-MG após ser citado na investigação
foto: Mourão Panda/América-MG

Nino Paraíba rescindiu com o América-MG após ser citado na investigação

Três jogadores citados na Operação Penalidade Máxima II fecharam acordos com o Ministério Público de Goiás após depoimento nesta semana e se tornaram testemunhas na próxima fase da investigação sobre a manipulação de resultados no futebol brasileiro. A informação é do jornal "O Globo".

Nino Paraíba (ex-Ceará e que encerrou seu contrato com o América-MG), Bryan Garcia (que teve o contrato rescindido pelo Athletico-PR) e Diego Porfírio (ex-Coritiba, hoje no Guarani) contribuíram com a investigação e citaram casos que ainda não eram confirmados.

O lateral ex-América-MG, por exemplo, confirmou que recebeu para tomar cartões amarelos em três jogos do Brasileirão de 2023: Flamengo x Ceará pela 25ª rodada, Ceará x São Paulo na 26ª rodada e Ceará x Cuiabá na 32ª rodada. 

Os dois jogadores que atuavam por clubes admitiram ter tomado cartões amarelos na 25ª rodada do Brasileirão de 2022. Bryan García foi advertido em Athletico-PR x Fluminense, enquanto Diego Porfírio levou em Coritiba x América-MG.

Como parte do acordo, os jogadores farão pagamentos ao Conselho Comunitário de Segurança e Defesa Social do Município de Goiânia (CONSEG) no valor que receberam para cumprir o combinado com apostadores: R$ 52 mil para Diego Porfírio, R$ 80 mil para Bryan Garcia e R$ 160 mil para Nino Paraíba.
 

Entenda o caso


Através da Operação Penalidade Máxima II, o Ministério Público de Goiás investiga ações de uma quadrilha visando a manipulação de jogos de futebol no Brasil em 2022 e 2023.

Os agentes do MP-GO investigam pelo menos 20 partidas das Séries A e B do Brasileirão de 2022, além de dois campeonatos estaduais de 2023, o Paulista e o Gaúcho. 

A nova denúncia, apresentada à Justiça recentemente, foi feita com base em conversas de aplicativos de mensagens. Através delas, os investigadores puderam encontrar os valores oferecidos a cada atleta para que tomasse cartões amarelos ou vermelhos, ou até cometessem pênaltis.

Bruno Lopez de Moura, tido como líder da quadrilha no esquema, foi detido na primeira parte da operação, mas acabou solto após habeas corpus concedido pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Outros 16 suspeitos podem virar réus no caso.

O MP-GO pede a condenação do grupo liderado por Bruno Lopez e o ressarcimento de 2 milhões de reais aos cofres públicos por danos morais coletivos.
 

Jogadores que foram denunciados pelo MP-GO


  • Allan Godói (Sampaio Corrêa);
  • André Luiz (ex-Sampaio Corrêa, sem clube);
  • Eduardo Bauermann (Santos);
  • Fernando Neto (ex-Operário-PR, hoje no São Bernardo);
  • Gabriel Domingos (ex-Vila Nova, sem clube);
  • Gabriel Tota (ex-Juventude, hoje no Ypiranga-RS);
  • Igor Cariús (ex-Cuiabá, hoje no Sport);
  • Joseph (Tombense);
  • Mateusinho (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Cuiabá);
  • Matheus Gomes (ex-Sergipe, sem clube);
  • Paulo Miranda (ex-Juventude, sem clube);
  • Paulo Sérgio (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Operário-PR);
  • Romário (ex-Vila Nova, sem clube);
  • Victor Ramos (ex-Portuguesa, hoje na Chapecoense);
  • Ygor Catatau (ex-Sampaio Corrêa, hoje no Sepahan, do Irã).

Jogadores que fizeram acordo com o MP-GO


  • Bryan Garcia (ex-Athletico-PR);
  • Diego Porfírio (ex-Coritiba, hoje no Guarani);
  • Jarro Pedroso (ex-São Luiz-RS, hoje no Inter de Santa Maria);
  • Kevin Lomonaco (Bragantino);
  • Moraes (ex-Juventude, hoje no Atlético-GO);
  • Nikolas Farias (ex-Novo Hamburgo, sem clube);
  • Nino Paraíba (ex-Ceará, ex-América-MG). 

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