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Ábila decide, Cruzeiro supera São Paulo na estreia do Brasileiro e ameniza pressão Mano destaca reação do Cruzeiro e enaltece jogadores: 'Merecem os elogios pela vitória'Mano Menezes revela que volta de Fábio ao gol do Cruzeiro estava programadaDedé agradece apoio de companheiros e garante união do Cruzeiro: 'Fechadíssimo'Autor de assistência para Ábila, Alisson celebra reação do Cruzeiro após insucessosAté sofrer uma lesão no ligamento cruzado do joelho direito, em agosto do ano passado, Fábio era capitão do Cruzeiro e já tinha se tornado o atleta com mais partidas pelo clube. O jogo deste domingo, contra o São Paulo, foi o de número 708 do camisa 1.
Essa trajetória foi até tema de palestra para o grupo antes da partida contra o São Paulo. “Falei ontem para os jogadores e hoje, antes de entrar em campo. Na nossa profissão, de jogador de futebol, infelizmente o que vale é o presente. Não interessa quantos jogos você fez, quantos títulos você ganhou, a campanha que você fez. O que vale é o presente. E eu, na minha vida, sempre levei dessa forma. A cada ano, sempre me dedicava mais para fazer tudo de novo, porque eu sabia a cobrança que ia ter, independentemente do que tinha feito no ano anterior. Sempre foi isso que me fortaleceu e me capacitou para ficar esse tempo todo como titular do Cruzeiro. A gente vai aprendendo que, infelizmente as pessoas não reconhecem a história, mas sim o momento e eu pude ver isso bem claramente, mas Deus sempre esteve comigo e sempre, nos momentos mais difíceis, Ele me fortaleceu. Deus me encheu de esperança, de força, de vontade de jogar, e mostrar que tenho potencial de jogar aqui no Cruzeiro, em outras equipes, pois sempre surgem especulações, e esse era meu objetivo: voltar, voltar bem e tive a oportunidade de estar novamente dentro de campo com a camisa do Cruzeiro”, disse o goleiro.
Na visão de Fábio, o retorno definitivo ao time poderia ter ocorrido há mais tempo, já que ele voltou às atividades normais em fevereiro. Antes da partida contra o São Paulo, ele só havia entrado em campo na vitória por 2 a 0 sobre o Democrata-GV, pela fase de classificação do Mineiro, em 9 de abril.
De qualquer forma, Fábio preferiu respeitar a estratégia de Mano Menezes de manter Rafael no gol cruzeirense na reta final do Mineiro e nos jogos contra o Nacional do Paraguai pela Copa Sul-Americana. A ideia do treinador era promover a mudança apenas na abertura do Campeonato Brasileiro.
”Todas as situações foram colocadas bem claramente. Algumas situações é claro que eu não achei que foram coerentes, mas é como eu falei, não era mais importante a minha vontade e sim a vontade do Cruzeiro, do melhor para o Cruzeiro, para o grupo, e abri mão de achar que algumas coisas poderiam ser diferentes. E apoiei sempre, e a oportunidade apareceu novamente no Brasileiro. O Mano tinha conversado, tudo é bem dirigido pelo Mano, não tem dificuldade nenhuma de relacionamento, algumas pessoas acham até que a gente tem problema de grupo, de falta de contato com treinador. Não. O ambiente é saudável, o grupo é amigo, todo mundo se doa um pelo outro, e antes do jogo todo mundo se fechou, a gente se dá muito bem, e o Mano consegue aliar todas as vontades dos jogadores, prevalecendo a dele, que é o comandante. Então já estava meio que pré-determinado o Rafael terminar as competições que ele começou, e eu tenho que me colocar também no lugar do Rafael, que estava vindo de uma final de campeonato, e nada mais justo que ele jogar. Eu queria jogar, mas o mais importante era o grupo. Continuei trabalhando, independentemente da minha vontade, o mais importante era o grupo. Deus sabe o momento certo e era hoje, contra o São Paulo”, disse Fábio.
Nesse período de espera, Fábio conta que aprimorou a forma técnica para se manter firme como titular no restante da temporada. “Pude me preparar cada vez melhor. Cada dia que passava, que não jogava, pude aperfeiçoar, treinar mais e esperar a oportunidade. Tenho as minhas convicções, o que eu achava que tinha que acontecer, mas naquele momento eu tinha que pensar não na minha vontade, mas na vontade de estar com o grupo, passando força, confiando em quem estava jogando. O mais importante era o Cruzeiro. E trabalhei muito, como sempre fiz, respeitei sempre todos, independentemente de estar jogando ou não, e sabia que Deus tinha preparado o retorno na hora certa”, concluiu.