Superesportes

CRUZEIRO

O humor de Hermes e Renato por trás dos protestos de torcedores do Cruzeiro

Programa da MTV serviu de inspiração para manifestações dos cruzeirenses

Thiago Madureira
Hermes e Renato era um dos programa mais queridos da MTV - Foto: Divulgação

Nas últimas semanas, os protestos de torcedores do Cruzeiro têm demonstrado uma erudição jamais vista em manifestações deste tipo. Isso tem causado certa estranheza em todos do mundo do futebol.

A resposta para o vocabulário rebuscado está no humor de Hermes e Renato, programa da MTV exibido entre 2000 e 2009.

Na última quinta-feira, a palavra sevandijas foi pichada nos muros da Toca da Raposa II.
Agora, nesta terça, foi a vez do termo quilingue ser escrito na fachada da sede do clube.

A palavra quilingue está ligada à cultura da corrupção e desonestidade. Já sevandijas é um nome dado a parasitas e vermes.

Em comum, essas palavras foram utilizadas em programas de comédia do grupo Hermes e Renato.

 


No episódio 'Cultura Quilingue', os comediantes retratam “hábitos de pilantragem do brasileiro”.

"Em um país que vive à base de pequenos golpinhos, existe uma herança cultural que é passada de pai para filho, de filho para neto, de neto para tataraneto e também para o sobrinho. Pilantragem? Estelionato? Ou apenas uma inocente carraspana? Cultura Quilingue, isso é o que veremos no documento Trololó", diz um apresentador, em um quadro do programa da MTV.

Já no episódio 'Máquina da Verdade', quadro do Programa do Urso, o apresentador pergunta ao personagem Jackson Gotardo se ele era "proxeneta do pai e sevandijas da mãe". Jackson enrola na resposta. Na sequência, o apresentador questiona: "É verdade que você não sabe o que é proxeneta nem sejandivas?".
Jackson parece confuso e erra na definição. Ele afirma que sevandijas é o filho do meio. Depois, diz que é o primeiro filho da mãe.


Hermes e Renato eram interpretados pelos atores Marco Antônio Alves e por Fausto Fanti, respectivamente.

Fanti foi encontrado morto em seu apartamento em Perdizes, na Zona Oeste de São Paulo, em 2014. A morte foi tratada como suicídio.

Fachada da sede do Cruzeiro foi pichada nesta terça - Foto: Reprodução

 

.