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Cruzeiro revela ter arrecadado R$ 127 mil em doações no primeiro dia da 'Operação Fifa'

Clube celeste divulgou valor em suas redes sociais na tarde desta sexta

Redação
Cruzeiro abriu espaço para doações durante live na manhã desta sexta - Foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro
Por meio das redes sociais, o Cruzeiro informou, no fim da tarde desta sexta-feira, ter arrecadado R$ 127 mil em doações no primeiro dia da ‘Operação Fifa’. A iniciativa permite aos torcedores contribuírem com qualquer valor para ajudar o clube a quitar as pendências de contratações que correm na entidade máxima do futebol.



“Ê saudade de jogar bola, hein? Mas estou passando aqui para agradecer pelo engajamento de todos vocês. Desde o início da Live, arrecadamos até agora mais de R$ 127 mil em doações. Vamos continuar jogando juntos, Nação Azul!”, escreveu a conta oficial do clube no Twitter, seguido da publicação de uma imagem do presidente Sérgio Rodrigues em ação no campo.

A “Operação Fifa” conta com o apoio da Meep Donate, plataforma de pagamento digital. A empresa oferece a logística de operação ao Cruzeiro de forma gratuita, garantindo que 100% dos recursos doados pelos torcedores sejam destinados ao abatimento dos processos. Os torcedores podem doar qualquer valor a partir de R$ 1. 

Dívidas

Uma dívida de 850 mil euros (R$ 5 milhões) com o Al Wahda, dos Emirados Árabes Unidos, gerou prejuízo irreparável para o Cruzeiro no âmbito esportivo. A Fifa determinou que o clube começasse a Série B com seis pontos negativos em razão do não pagamento da contratação por empréstimo do volante Denílson, em julho de 2016.



No dia 23 de junho, o Cruzeiro informou ter recebido mais duas ordens de quitação: uma de US$ 2.286.840,00, pela compra de Rafael Sobis ao Tigres do México, e outra de 395.619 euros, no empréstimo de Pedro Rocha junto ao Spartak Moscou, da Rússia. Somados em moeda nacional, os valores correspondem a R$ 14,6 milhões.

O Cruzeiro tem até 15 de julho para saldar a dívida por Sobis. O prazo da pendência por Pedro Rocha é 6 de agosto. Diferentemente do “caso Denilson”, segundo o clube, as penalidades são o impedimento de registro de atletas, até que as situações sejam resolvidas. Não há, portanto, risco de nova perda de pontos, nem rebaixamento de divisão. Enquanto isso, a diretoria tenta negociar diretamente com os credores.

“Há clubes cuja dívida não está vencida, e a Fifa tem o procedimento de intimar a pagar num prazo entre 30 e 90 dias. Há clubes que essa dívida não venceu que negociamos direitos de atletas. Outros estão aceitando parcelamento. A de curto prazo, necessária para se pagar para evitar punição esportiva, é a Fifa. Tirou-se a Fifa, todas as outras dívidas são negociáveis, dentro do sistema jurídico brasileiro”, frisou Sérgio Rodrigues ao Superesportes/Estado de Minas.



Em 28 de maio, a Raposa se livrou de nova perda de pontos ao pagar 600 mil euros (R$ 3,5 milhões) ao Zorya, da Ucrânia, pela aquisição dos direitos econômicos do atacante Willian, em julho de 2014. Ainda há 1 milhão de euros (R$ 5,96 milhões) que serão discutidos pelo Tribunal Arbitral do Esporte no segundo semestre de 2020.

No dia 14 de abril, o núcleo de gestores que administrou o Cruzeiro no primeiro semestre calculou as dívidas na Fifa em R$ 81,4 milhões. Os valores inflacionaram devido à desvalorização do real frente ao dólar e ao euro. Como comparação, em 31 de janeiro o passivo era de R$ 53 milhões.