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Cruzeiro: Conceição diz que não teve autonomia para 'reformulação profunda'

'Nosso trabalho não teve uma base para se desenvolver como gostaríamos', disse o treinador

10/06/2021 12:55 / atualizado em 10/06/2021 19:14
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Conceição foi demitido nessa quarta-feira após eliminação na Copa do Brasil
foto: Bruno Haddad/Cruzeiro

Conceição foi demitido nessa quarta-feira após eliminação na Copa do Brasil


O técnico Felipe Conceição publicou uma nota se despedindo do Cruzeiro e disse que não teve autonomia para "colocar em prática uma reformulação ainda mais profunda". Ele preferiu não citar nomes dos profissionais que atrapalharam nesse processo. Conceição foi demitido nessa quarta-feira, após a eliminação do time celeste para a Juazeirense, na terceira fase da Copa do Brasil.

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"Nos surpreendeu, porém, o tamanho da influência e obstáculos que nos trariam outras partes do clube nesse processo de reconstrução. Sem autonomia para colocar em prática uma reformulação ainda mais profunda, nosso trabalho não teve uma base para se desenvolver como gostaríamos", disse o treinador.

"Não tenho dúvida que esse trabalho, com autonomia, traria um grande benefício ao clube a longo prazo. Desde o início respeitamos o momento financeiro delicado do clube, procurando montar um grupo compatível com o orçamento. Ao mesmo tempo permitindo que jovens tivessem espaço para o seu desenvolvimento no profissional", destacou.

Felipe Conceição deixou o Cruzeiro com 47,36% de aproveitamento em 19 jogos. Foram oito vitórias, três empates e oito derrotas, com 21 gols marcados e 18 sofridos. Na Toca da Raposa II, o treinador não conseguiu repetir o bom trabalho a serviço do América, que saiu da zona de rebaixamento da Série B de 2019 e brigou pelo acesso até a última rodada (ficou em 5º, com 61 pontos).

Memes da eliminação do Cruzeiro na Copa do Brasil


Nota de Felipe Conceição  


Gostaria de agradecer a oportunidade de trabalhar em um clube gigante como o Cruzeiro. Foram praticamente quatro meses de um intenso trabalho, onde buscamos construir e implementar um padrão de jogo protagonista, condizente com a história do clube.

Não tenho dúvida que esse trabalho, com autonomia, traria um grande benefício ao clube a longo prazo. Desde o início respeitamos o momento financeiro delicado do clube, procurando montar um grupo compatível com o orçamento. Ao mesmo tempo permitindo que jovens tivessem espaço para o seu desenvolvimento no profissional.

Nos surpreendeu, porém, o tamanho da influência e obstáculos que nos trariam outras partes do clube nesse processo de reconstrução. Sem autonomia para colocar em prática uma reformulação ainda mais profunda, nosso trabalho não teve uma base para se desenvolver como gostaríamos.

Depois de viver intensamente cada dia no Cruzeiro, torço ainda mais para que a instituição consiga se estruturar e equilibrar nas suas questões políticas e financeiras e que o clube possa voltar ao lugar que merece.

À torcida o meu grande abraço!

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