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Fábio, do Cruzeiro, relembra conquista do Brasil sobre a Argentina em 2004

Goleiro era o reserva imediato de Júlio César na Copa América de 2004

10/07/2021 07:30 / atualizado em 10/07/2021 07:53
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Fábio tinha 23 anos de idade na Copa América de 2004
foto: Nilton Santos/CBF

Fábio tinha 23 anos de idade na Copa América de 2004

Brasil e Argentina se enfrentam às 21h deste sábado pela final da Copa América, no Maracanã, no Rio de Janeiro. Esse duelo não é novidade em uma decisão do torneio de seleções da América do Sul (já aconteceu três vezes), e um desses embates está vivo na memória de um jogador do Cruzeiro. O goleiro Fábio, de 40 anos, sabe bem o sentimento de estar envolvido em um dos grandes clássicos do mundo, ainda mais em um cenário decisivo.

Em 2004, então goleiro do Vasco e aos 23 anos, Fábio foi convocado para a disputa da Copa América, disputada naquele ano no Peru. A Seleção Brasileira, treinada à época por Carlos Alberto Parreira, foi convocada sem os "medalhões" que haviam sido campeões da Copa do Mundo de 2002 e demais grandes destaques da Europa.

Com um time B - uma mescla de jogadores com destaque no cenário nacional e jovens que começavam a despontar na Europa - o Brasil chegou à final da Copa América. Na decisão, diante da Argentina, o time comandado por Parreira venceu nos pênaltis após empate por 2 a 2 no tempo regulamentar.
 
Adriano foi o herói do Brasil na Copa América de 2004
foto: Ricardo Mazalan/AP

Adriano foi o herói do Brasil na Copa América de 2004

Ao Superesportes, Fábio diz que a forma como a equipe conseguiu o título não sai da cabeça. O time brasileiro fez o segundo gol, com Adriano, e empatou no último minuto da partida, cinco minutos depois do tento argentino de desempate.

"O que marcou mesmo foi o lance que a gente conseguiu o gol no final do segundo tempo, levando a partida para as penalidades. A gente via ali o título escapando e, em um lance, a gente colocou a bola na área. O Adriano, inspirado, conseguiu dominar, fazer o chute no gol, e nos deu confiança para depois, na sequência, nos pênaltis, concretizar o título", afirmou o goleiro, camisa 12 da seleção na Copa América de 2004.

Na ocasião, Fábio viu do banco de reservas o empate brasileiro e posterior conquista da Copa América. O titular no gol do Brasil naquele torneio era Júlio César, então jogador do Flamengo, que defendeu um dos pênaltis cobrados pela Argentina. Fábio diz que leva consigo a superação da equipe naquele dia, que empatou o jogo aos 47 minutos e conquistou o campeonato nas penalidades.

Capitão daquela seleção, Alex ergueu o troféu da Copa América
foto: Divulgação/CBF

Capitão daquela seleção, Alex ergueu o troféu da Copa América

"Tem que acreditar até o final, enquanto tiver jogo tem a possibilidade de alcançar o objetivo, e a gente não desistiu. Todo mundo acreditando até o final, a gente conseguiu esse gol, e depois, na sequência, muita qualidade nas penalidades, tanto o Júlio (César) para defender quanto os cobradores, para que a gente consagrasse o título de 2004 da Copa América", completou.

Caso não esteja em viagem ou sem acesso a alguma transmissão, Fábio poderá assistir à final da Copa América neste sábado. Pouco antes, às 16h30, o goleiro entra em campo com o Cruzeiro em partida diante do Botafogo, pela 11ª da Série B do Campeonato Brasileiro, no Nilton Santos, no Rio de Janeiro. A Raposa é a 13ª da Segunda Divisão, enquanto o Fogão ocupa a décima posição na tabela.
 
 

Veja, abaixo, a ficha técnica da final da Copa América de 2004:


Argentina 2 (2) x (4) 2 Brasil

Argentina
Roberto Abbondanzieri; Roberto Ayala (capitão), Fabricio Coloccini e Gabriel Heinze; Javier Zanetti, Javier Mascherano, Lucho González (Andrés D'Alessandro, aos 30' do 2T), Killy González, Juan Pablo Sorín; Mauro Rosales (César Delgado, aos 28' do 2T) e Carlos Tévez (Facundo Quiroga, aos 45' do 2T). Técnico: Marcelo Bielsa

Banco de reservas: Pablo Cavallero, Diego Placente, Facundo Quiroga, Luciano Figueroa, Andrés D'Alessandro, Javier Saviola e César Delgado

Brasil
Júlio César; Maicon, Luisão (Cris, aos 36' do 2T), Juan (capitão a partir dos 16' do 2T) e Gustavo Nery; Renato, Kléberson (Diego Ribas, aos 9' do 2T), Edu Gaspar e Alex (capitão - Felipe, aos 16' do 2T); Adriano e Luís Fabiano. Técnico: Carlos Alberto Parreira

Banco de reservas do Brasil: Fábio, Mancini, Cris, Felipe, Diego Ribas, Júlio Baptista e Ricardo Oliveira

Em pé, da esquerda para direita: Bordon, Vágner Love, Felipe, Fábio, Cris, Júlio César, Luisão, Júlio Baptista, Juan, Edu Gaspar e Adriano; agachados, da esquerda para direita: Adriano Correia, Dudu Cearense, Ricardo Oliveira, Mancini, Kléberson, Diego Ribas, Luís Fabiano, Alex, Maicon, Renato e Gustavo Nery
foto: Nilton Santos/CBF

Em pé, da esquerda para direita: Bordon, Vágner Love, Felipe, Fábio, Cris, Júlio César, Luisão, Júlio Baptista, Juan, Edu Gaspar e Adriano; agachados, da esquerda para direita: Adriano Correia, Dudu Cearense, Ricardo Oliveira, Mancini, Kléberson, Diego Ribas, Luís Fabiano, Alex, Maicon, Renato e Gustavo Nery

Gols: González, aos 20' do 1T; Delgado, aos 42' do 2T (Argentina); Luisão, aos 45' do 1T; Adriano, aos 47' do 2T (Brasil)

Assistências: Sorín, aos 42' do 2T (Argentina); Alex, aos 45' do 1T (Brasil)

Pênaltis: D'Alessandro (Júlio César defendeu) e Heinze (chutou por cima do gol) perderam, e Sorín e González marcaram para a Argentina; Adriano, Edu, Diego e Juan marcaram para o Brasil

Cartões amarelos: Sorín, aos 25' do 1T; Mascherano, aos 27 do 2T; e Delgado, aos 42' do 2T (Argentina); Edu, aos 37' do 1T; Luisão, aos 13' do 2T; e Adriano, aos 48' do 2T

Motivo: final da Copa América

Data e horário: 25 de julho de 2004, às 17h (de Brasília)

Local: Estádio Nacional do Peru, em Lima (Peru)

Público: 49 mil torcedores

Árbitro: Carlos Amarilla (Paraguai)

Assistentes: Nelson Cano (Paraguai) e Juan Manuel Sulca Jordán (Peru)

Quarto árbitro: Gilberto Hidalgo (Peru)

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