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Cruzeiro: Luxemburgo explica divergências com executivos de futebol

'Eles são bons profissionais, mas o poder não pode ser absoluto deles', disse o treinador celeste

12/11/2021 09:08 / atualizado em 12/11/2021 15:35
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Vanderlei Luxemburgo ainda não garantiu permanência para 2022
foto: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Vanderlei Luxemburgo ainda não garantiu permanência para 2022

O técnico do  Cruzeiro , Vanderlei Luxemburgo, disse que tem divergência com a forma de trabalhar de alguns executivos de futebol. O comandante celeste criticou o fato de o poder do principal departamento do clube ficar concentrado nas mãos de um dirigente. Desde 4 de outubro, quando demitiu Rodrigo Pastana, a Raposa não tem um profissional responsável pela pasta. 

"Eu tenho algumas divergências contra diretor-executivo porque, divergência não que eu não trabalhe com eles, eu trabalhei com todos eles, só que houve uma mudança de nomes: passou de supervisor para diretor-executivo. Eu trabalhei com Brunoro, Paulo Angioni, Maluf, o que me incomoda como técnico, eu não tenho nenhum problema com eles, é que eles ficam em um patamar superior porque eles dizem ter o mercado na mão, e vejo que o mercado pertence ao clube. E você vê exemplo de diretor-executivo que mandou nove treinadores embora. Espera aí, se ele é o executivo, por que ele está no clube se mandou nove treinadores embora? Tem alguma coisa que não bate na minha cabeça", disse. 

Luxemburgo disse que gosta de trabalhar em equipe na montagem do elenco, mas não quer ser subordinado a um diretor de futebol. "Acho que isso precisa ser revisto. Eles são bons profissionais, mas o poder não pode ser absoluto deles. Onde está o técnico? Tem que estar junto, tem que estar ao lado para conversar, para poder planejar. As pessoas têm uma ideia minha diferente do que eu sou. Eu trabalho em equipe, trabalhei com Maluf em equipe, a gente sentava e discutia o planejamento da temporada, quem a gente ia contratar, o que a gente ia fazer. Não pode um diretor-executivo chegar e dizer: 'você vai fazer isso, aquilo'. É um pouco demais, isso vai ser uma das coisas bem discutidas, porque a gente não pode cometer erros, mas com calma tudo vai se ajeitar". 

Luxa ainda elogiou os ex-jogadores que se preparam e voltam a atuar na gestão dos clubes. "Acho que estas pessoas como o Rafael Sobis não podem se afastar do futebol. Estou feliz em ver o Edu Dracena entrar como executivo do Santos, você vê o Mauro Silva, vice-presidente da Federação Paulista de Futebol (FPF). Acho que nós, ex-jogadores, devemos nos preparar melhor para o pós-carreira. Uns podem ser técnicos e outros executivos, podem trabalhar dentro do futebol de maneira diferente", disse. 

O presidente do Cruzeiro, Sérgio Santos Rodrigues, assegurou que ainda pretende contratar um novo diretor. Alexandre Mattos, que hoje vive nos Estados Unidos, é o preferido para assumir o cargo. Antes de tomar uma decisão, o ex-executivo de Cruzeiro, Palmeiras e Atlético aguarda as definições sobre a criação da Sociedade Anônima do Futebol, prevista para dezembro, e seus desdobramentos. 

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