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Cruzeiro de luto: morre Benecy Queiroz, antigo funcionário do clube

Dirigente faleceu aos 82 anos após travar luta contra um câncer

24/01/2022 18:27 / atualizado em 25/01/2022 12:49
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Benecy Queiroz trabalhou no Cruzeiro por quase 50 anos
foto: Jorge Gontijo/EM/D.A Press - 04/11/2011

Benecy Queiroz trabalhou no Cruzeiro por quase 50 anos

O Cruzeiro comunicou na noite desta segunda-feira o falecimento de Benecy Queiroz, funcionário com quase 50 anos de serviços prestados ao clube. Ele tinha 82 anos e lutava contra um câncer.

“O Cruzeiro comunica e lamenta a morte de Benecy Queiroz, colaborador com quase 50 anos de clube. O Cruzeiro deseja força à família e amigos”.

Fotos da trajetória de Benecy Queiroz no Cruzeiro



O último cargo de Benecy na Raposa foi de supervisor administrativo. Antes, ele atuou como supervisor de futebol, sendo um dos elos do clube com dirigentes da FMF, CBF e de outras agremiações.

Era responsabilidade de Benecy cuidar da logística de viagens e hospedagens de jogadores e comissão técnica, bem como conduzir negociações menores, como o empréstimo de atletas.

Graduado em Educação Física pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Benecy exerceu até mesmo a função de técnico do Cruzeiro em 1975, 1980, 1983 e 1991. Em sete jogos, obteve uma vitória, três empates e três derrotas.

Em janeiro de 2016, Queiroz se envolveu em uma polêmica ao afirmar, em entrevista ao programa Meio de Campo, da Rede Minas, ter comprado um árbitro para beneficiar o Cruzeiro.

Em razão da repercussão negativa da declaração, o dirigente foi afastado de suas atividades na Toca e recebeu uma suspensão de 90 dias do Superior Tribunal de Justiça Desportiva.

Após redução da pena no STJD, Benecy continuou a trabalhar no Cruzeiro, mas como supervisor administrativo. Na prática, exerceu as mesmas tarefas às quais estava habituado, porém sem exposição na mídia.



Em quase meio século de Cruzeiro, Benecy Queiroz garantiu ter vivenciado experiências icônicas, como a vez em que foi técnico de Garrincha em um amistoso contra o Democrata de Governador Valadares, em 1973, e a suposta recusa do ex-presidente Felício Brandi ao então garoto Diego Maradona na década de 1970.

Em depoimento enviado ao Superesportes, o jornalista Guilherme Mendes, que chefiou o departamento de comunicação do Cruzeiro de 2007 a 2017, lamentou a morte de Benecy Queiroz, a quem considera uma figura emblemática no clube.

“O Benecy deixou uma história que não tem como ser ignorada por ninguém do futebol. Era conhecido de norte a sul em todos os clubes do Brasil. Em mais de 40 anos de trabalhos no Cruzeiro, esteve presente na administração de diversos presidentes. Viveu a alegria de muitos títulos e também a decepção de grandes derrotas. Desde as conquistas de Libertadores ao rebaixamento à série B ele participou diretamente dos momentos mais relevantes da existência do Cruzeiro. O clube perdeu hoje uma de suas figuras mais emblemáticas”.

Alberto Rodrigues, narrador da Rádio Itatiaia, manifestou-se pelo Twitter. “Benecy, ao longo de 50 anos, foi um dos mais importantes funcinarios do Cruzeiro. Estivemos juntos em centenas de viagens pelo Brasil e no exterior. Amava o clube e foi um profissional dedicado às coisas do clube. Preparador fisico, treinador, gerente e outras funções.  Descanse”.

O velório de Benecy Queiroz será realizado nesta terça-feira, 25 de janeiro, das 7h30 às 10h30, na Capela Metropax - Avenida do Contorno, 2938, Santa Efigênia, Belo Horizonte. O sepultamento está marcado para o mesmo dia, às 11h40, no Cemitério Parque da Colina, no bairro Nova Cintra, na capital mineira.

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