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Casa de ex-presidente do Cruzeiro é alvo de busca e apreensão

Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), Ministério Público (MPMG), Polícia Penal e a Secretaria de Estado da Fazenda deflagraram a operação Baião de Dois

07/03/2023 21:17
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Operação Baião de Dois cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Alvimar Perrella, ex-presidente do Cruzeiro
foto: Divulgação/MPMG

Operação Baião de Dois cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de Alvimar Perrella, ex-presidente do Cruzeiro

A casa do ex-presidente do Cruzeiro Alvimar Perrella foi alvo de um mandado de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (7/3). O empresário é um dos investigados no âmbito da operação Baião de Dois, cujo objetivo é apurar crimes de fraude em licitações no ramo alimentício em Belo Horizonte, Nova Lima e Sabará.

A informação sobre a busca e apreensão na casa de Alvimar, que presidiu o Cruzeiro entre 2003 e 2008, foi publicada pela Record. Segundo a reportagem, foram apreendidos documentos de um açougue pelo qual Alvimar é um dos responsáveis, mas que estaria em nome do filho dele.

A operação foi conduzida pelo Ministério Público (MPMG), a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), a Polícia Penal e a Secretaria de Estado da Fazenda. Ao todo, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão contra pessoas físicas e jurídicas suspeitas de crimes contra a administração pública.

Os órgãos públicos apuram crimes como associação criminosa, falsidade ideológica, corrupção e lavagem de dinheiro.

A investigação descobriu que sócios e representantes de uma empresa, impedida de participar de licitações por envolvimento em cartel, passaram a atuar por outras pessoas jurídicas para burlar a restrição.

Segundo as autoridades, o grupo controlava pelo menos três empresas que simulavam concorrência para frustrar o caráter competitivo das licitações.

"As diligências realizadas hoje visam a complementar as provas já produzidas, de modo a identificar o eventual envolvimento de outras empresas, empresários e agentes públicos, bem como determinar a extensão e consequências das fraudes, com outros detalhes sobre o modus operandi, a partir da coleta de documentos, computadores, celulares e dispositivos eletrônicos pessoais dos envolvidos, de que dependia autorização judicial, obtida junto à Vara de Inquéritos da Capital", lê-se em nota divulgada pelo MPMG.
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