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Brasil x Argentina: Messi persegue primeiro título relevante com seleção

Vice em três edições, astro busca, enfim, desencantar na Albiceleste

10/07/2021 08:30 / atualizado em 10/07/2021 00:59
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Messi treina no Rio de Janeiro: chance de quebrar tabu com a Argentina em decisões
foto: Carl de Souza/AFP

Messi treina no Rio de Janeiro: chance de quebrar tabu com a Argentina em decisões


Eleito seis vezes o melhor do mundo pela Fifa, tricampeão mundial de clubes e tetra da Liga dos Campeões pelo Barcelona, além do ouro com a Seleção Olímpica da Argentina nos Jogos de Pequim, em 2008. Não faltam títulos ou números destacados para marcar a trajetória de Messi como um dos melhores de todos os tempos. Mas o astro argentino, aos 34 anos, persegue feito inédito na carreira: conquistar uma taça relevante pelo selecionado principal da Albiceleste. E La Pulga, como é conhecido o craque nascido em Rosário, terá a chance de alcançar o objetivo em território brasileiro. Ele é a esperança da Argentina para voltar a conquistar a Copa América, o que não ocorre desde 1993. 

A final do torneio entre seleções mais antigo do mundo terá o clássico entre os principais rivais da América do Sul: Brasil x Argentina. Os tradicionais rivais se enfrentam neste sábado, às 21h, no Maracanã, com transmissão exclusiva do SBT/Alterosa para TV aberta. Messi, capitão e cérebro da equipe, tentará levar a Albiceleste ao topo do continente, para quebrar jejum de títulos de 28 anos dos argentinos em competições oficiais. 

Seria um desfecho em grande estilo para o astro, que comandou as ações da equipe dentro de campo, com gols e assistências decisivos ao longo do torneio. Entretanto, o camisa 10, para muitos, precisa ser protagonista em uma conquista importante para se igualar a outro gênio argentino, Maradona, comandante da Albiceleste no Mundial de 1986, no México, quando a Argentina faturou o bicampeonato. 

A conquista da Copa América no Brasil e a consequente quebra de jejum da Argentina poderá ser o ponto de partida para o último ato de Messi na seleção de seu país: a Copa do Mundo de 2022, no Catar. O título no Maracanã representaria grande impulso para o armador buscar outro feito inédito, que seria erguer a Taça Fifa depois de bater na trave em 2014, também no maior palco do futebol brasileiro, quando os argentinos foram derrotados pela eficiente e encantadora geração alemã de Manuel Neuer, Lham, Hummels, Schweinsteiger, Podolski, Muller, Kroos, Klose, Gotze, Ozil e companhia.

Cena rotineira nesta Copa América: gols e assistências de Messi. Título será a consagração
foto: Douglas Magno/AFP

Cena rotineira nesta Copa América: gols e assistências de Messi. Título será a consagração



FRUSTRAÇÕES
 
Se no Mundial em 2014 ele ficou no 'quase', na Copa América foram três vice-campeonatos. Em 2007, o algoz foi o Brasil, na Venezuela, com uma dura goleada de 3 a 0. Já nas edições de 2015 e 2016, a frustração ocorreu diante do Chile, que nas duas decisões levou a melhor nos pênaltis. As derrotas foram doídas, tanto que La Pulga pensou em não vestir mais a camisa albiceleste. 

Para o bem do futebol e da própria Seleção Argentina, ele desistiu da ideia e se manteve como capitão. A única taça erguida foi a do Superclássico das Américas, antiga Copa Roca, na qual o astro brilhou e fez o gol do triunfo sobre o Brasil, por 1 a 0, em Riad, na Arábia Saudita, em 2019. O título, no entanto, não conta como torneio oficial, já que é apenas um confronto entre os dois países.

Principal artilheiro da Seleção Argentina, com 76 gols (20 a mais que o ex-atacante e especialista na posição Batistuta), Messi é o jogador que mais vezes vestiu a camisa albiceleste na história, 150 participações. Ele é também o 'rei das assistências', os passes decisivos para os companheiros acharem as redes adversárias: 50 vezes. 

Campeão mundial sub-20, ouro olímpico em Pequim, o armador terá mais uma chance de, enfim, levantar um troféu que os argentinos tanto esperam depois de um longo jejum. E justamente diante do Brasil, principal concorrente como força do continente.

NÚMEROS DE MESSI

Argentina

150 jogos
76 gols
50 assistências
Título: Superclássico das Américas de 2019

Seleção Olímpica da Argentina (sub-23)

5 jogos
2 gols
2 assistências
Título: medalha de ouro nos Jogos de Pequim em 2008

Seleção Argentina Sub-20

18 jogos
14 gols
4 assistências
Título: Copa do Mundo Sub-20 de 2005

Barcelona

778 jogos
672 gols
292 Assistências

Títulos: 

Mundial de Clubes da FIFA: 2009, 2011, 2015
Liga dos Campeões da UEFA: 2005/06, 2008/09, 2010/11, 2014/15
Supercopa da UEFA: 2009, 2011, 2015
Campeonato Espanhol: 2004/05, 2005/06, 2008/09, 2009/10, 2010/11, 2012/13, 2014/15, 2015/16, 2017/18, 2018/19
Copa do Rei: 2008/09, 2011/12, 2014/15, 2015/16, 2016/17, 2017/18, 2020/21
Supercopa da Espanha: 2005, 2006, 2009, 2010, 2011, 2013, 2016, 2018

Prêmios individuais:

Seis vezes eleito melhor jogador do mundo pela Fifa
Seis vezes eleito o melhor jogador da Europa pela Uefa

Messi na carreira

928 jogos
748 gols

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