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Barcelona é único time com limite salarial negativo no Campeonato Espanhol

Clube catalão sofre com perdas financeiras e viu cair ainda mais o cálculo

14/03/2022 18:18 / atualizado em 14/03/2022 18:33
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Barcelona teve mais queda no limite salarial imposto pela organização do Campeonato Espanhol,
foto: Lluis Gene/AFP

Barcelona teve mais queda no limite salarial imposto pela organização do Campeonato Espanhol,


O Barcelona viu cair dos 97 milhões de euros para -144 milhões (R$ 809 milhões na cotação atual) o limite salarial imposto pela organização do Campeonato Espanhol, em relação ao cálculo feito em setembro do ano passado, enquanto o Real Madrid se mantém com a equipe com a maior margem positiva.

À frente do time catalão, o clube merengue manteve seu limite em 739 milhões de euros (R$ 4,1 bilhões na cotação atual), de acordo com o balanço divulgado pela LaLiga nesta segunda-feira, após a atualização com números da janela de transferências de janeiro.

O Barça, imerso em uma situação financeira muito delicada, teve queda de 70% em seu limite de salário em relação a janeiro de 2021, passando de 382 milhões de euros para 97 milhões.

A nova queda se explica com os prejuízos registrados pelo clube, maiores do que o previsto pela LaLiga em setembro, no último cálculo.

"No caso do Barcelona foram estimados 242 milhões de euros a menos em perdas", explicou o diretor-executivo da LaLiga, Javier Gómez, em entrevista coletiva.

"O saldo é negativo porque as perdas do Barcelona são maiores que a capacidade de gerar recursos", acrescentou Gómez, que deixou claro que o clube precisa gerar receias e registrar lucro para melhorar seu limite.

Atualizado várias vezes ao longo da temporada, o limite salarial é o montante que os clubes podem gastar em jogadores, treinador, auxiliar técnico e preparador físico do time profissional, além de gastos com as categorias de base e outras despesas.

Capacidade de contratação limitada

O teto salarial é calculado com base na diferença entre as receitas (publicidade, patrocínio, cotas de TV, etc) e as despesas estruturais (salários de funcionários, custos operacionais, compra de jogadores, etc).

Portanto, "os clubes que estão no vermelho podem contratar jogadores desde que enxuguem seus gastos", lembrou Gómez.

Os clubes que ultrapassarem o seu limite salarial só podem dedicar 25% dos valores economizados ou de lucros para transferências, até saírem dessa situação.

"Isso significa que o clube terá suas condições limitadas não só nesta temporada, mas também nas seguintes, a não ser que gere mais receita ou obtenha lucro", explicou Gómez.

Desta forma, o Barcelona pôde contratar na última janela de transferências os atacantes Ferran Torres, Pierre-Emerick Aubameyang e Adama Traoré, e o lateral brasileiro Daniel Alves.

Nestas negociações, somente em uma, a de Ferran Torres, o clube catalão teve que pagar 55 milhões de euros (cerca de R$ 309 milhões na cotação atual) ao Manchester City, enquanto Aubameyang e Daniel Alves chegaram sem custos e Traoré veio por empréstimo.

A renovação do zagueiro Samuel Umtiti com redução de salário, a saída do atacante Sergio Aguero e o empréstimo do meia brasileiro Philippe Coutinho ao Aston Villa deram oxigênio ao Barcelona para contratar.

Por sua vez, o Real Madrid se mantém como o clube com maior margem positiva no limite salarial. Em seguida aparece o Sevilla, que teve uma leve queda de 200 milhões de euros para 199 milhões desde setembro. A terceira maior margem é do Atlético de Madrid, com 161 milhões de euros.


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