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Jogador brasileiro sobre jogo na Indonésia: 'Teriam queimado a gente vivo'

Meia-atacante Higor Vidal falou sobre a tragédia após a vitória de sua equipe; foram mais de 125 mortos em confronto de torcedores e policiais

02/10/2022 13:57 / atualizado em 02/10/2022 14:02
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Brasileiro Higor Vidal mostrou a 'armadura' utilizada para deixar o estádio
foto: Reprodução/Instagram

Brasileiro Higor Vidal mostrou a 'armadura' utilizada para deixar o estádio

 
O brasileiro Higor Vidal viveu momentos de tensão durante a tragédia que ocorreu no Estádio Kanjuruhan, na cidade de Malang, na Indonésia. Mais de 125 pessoas morreram após o confronto entre policiais e torcedores depois da vitória do Persebaya sobre o rival Arema por 3 a 2.

 
O clássico de Java Oriental existe desde 1992. O Persebaya venceu pela primeira vez o duelo em 23 anos, o que desencadeou a grande confusão por parte da torcida do Arema.
 
Higor Vidal, que esteve em campo, disse que ele e os companheiros precisaram ir para o estádio do rival em um tanque de guerra. Na visão do meia-atacante, caso tivessem ido de ônibus, teriam morrido.
 
"Nunca tinha visto isso na minha vida, na minha carreira. Entendi o quão grande era a rivalidade. Para ir com tanque para o jogo é porque a torcida do lado de lá é muito louca. Se a gente tivesse ido de ônibus, tinha morrido. Com certeza teriam queimado a gente vivo", disse Higor Vidal.

 

Entenda a tragédia

 
A briga campal teria se iniciado após a invasão do campo por torcedores do  Arema, time derrotado. Inicialmente, eles tentaram agredir os jogadores e os árbitros.
 
A polícia entrou no gramado com bombas de gás lacrimogêneo, o que fez aumentar o tumulto em uma das saídas do estádio.
 
Na tentativa de escapar da fumaça, houve acúmulo de pessoas em um dos portões, o que gerou falta de ar, explicou o inspetor-chefe da polícia, Nico Afinta.
 
Dentro do campo, torcedores chegaram a virar um carro da polícia de cabeça para baixo. Várias viaturas ficaram danificadas na briga campal.
 
A Liga 1 da Indonésia lamentou o incidente. "Estamos preocupados e lamentamos profundamente este incidente. Compartilhamos nossas condolências e esperamos que esta seja uma lição valiosa para todos nós", disse o diretor-presidente da Liga 1, Akhmad Hadian Lukita, por meio de um comunicado à imprensa.

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