Javkin garantiu que os autores do ataque contra o supermercado da família da esposa de Messi buscavam "repercussão"
Lionel Messi foi alvo de uma mensagem ameaçadora em Rosário, sua cidade natal na Argentina, na madrugada desta quinta-feira (2). Um supermercado pertencente à família de sua esposa, Antonela Roccuzzo, foi alvo de um ataque armado. No local, um cartaz ameaçando o ídolo argentino foi deixado na porta.
"Messi, estamos te esperando. Javkin também é do tráfico, ele não vai te proteger", diz a mensagem deixada após o ataque.
Cartaz com ameaça foi deixado na porta do estabelecimento após o ataque
A polícia acredita que os disparos tenham sido feitos por dois homens em uma moto, por volta de 3h da madrugada (horário local). Ao todo foram 14 tiros contra a fachada do estabelecimento da família Roccuzzo. Segundo a Agência EFE, o ataque não deixou feridos.
Pablo Javkin
Citado no cartaz, Pablo Javkin é o prefeito de Rosário, considerada a cidade mais violenta da Argentina e onde há forte atuação de narcotraficantes. O político esteve no local após o ataque e conversou com a imprensa argentina. Javkin levantou suspeitas a respeito das forças de segurança da província de Santa Fé, da qual Rosário faz parte.
Citado no cartaz, Pablo Javkin é o prefeito de Rosário e esteve no lugar do ataque
"Eu duvido de todos, inclusive daqueles que deveriam nos proteger. E vou deixar claro, tivemos muitas reuniões com forças federais, provinciais, juízes, fiscais nos últimos dias. Parte do que se falou tem a ver com essa zona e hoje aparece isso", afirmou o prefeito.
Javkin garantiu que os autores do ataque contra o supermercado da família da esposa de Messi buscavam "repercussão". O supermercado "Único" é administrado por uma prima de Antonela.
Iván Gonzáles, subchefe da unidade regional de polícia, reforçou o posicionamento do prefeito à rádio Cadena 3 Rosário. Para o subchefe, o ato foi realizado com objetivo de chamar a atenção e não como uma intimidação concreta a Messi e à família Roccuzzo.
Javkin pertence ao partido Frente Progressista e faz oposição ao governo do presidente Alberto Fernández, a quem tem responsabilizado pela violência na região. O prefeito afirmou ter conversado com a família Roccuzzo após o ataque.