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Começa o velório de Pelé; súditos entram na Vila para se despedir do Rei

Corpo do Rei chegou ao estádio que o projetou ao futebol as 4h54, após duas horas de cortejo desde o Hospital Albert Einstein, na zona sul de São Paulo

02/01/2023 10:40 / atualizado em 02/01/2023 12:37
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Corpo de Pelé, morto na última quinta-feira (29), chegou ao estádio que o projetou ao futebol as 4h54
foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP

Corpo de Pelé, morto na última quinta-feira (29), chegou ao estádio que o projetou ao futebol as 4h54


O adeus ao Rei do Futebol necessitou paciência e protetor solar. Quatro filas em zig-zag em uma das laterais do estádio da Vila Belmiro, em Santos, marcaram o início do velório de Pelé, às 10h desta segunda-feira (2). Amigos e parentes foram os primeiros a entrar.


 
O público em geral entrou as 10h10. Sem parar, a fila passava direto ao lado da área coberta onde está o corpo e os convidados, a uma distância de cerca de dez metros do caixão.
 

Imagens do velório de Pelé na Vila Belmiro

 
 
 
Integrantes de uma torcida organizada soltaram fogos na chegada do corpo em carro funerário escoltado por batedores e carros da polícia. Ao redor do estádio há várias faixas em comércios e casas em homenagem a Pelé.
 
Desde então, a fila foi crescendo lentamente até torcedores e fãs chegarem em peso, a partir das 8h30.
 
Há cerca de mil jornalistas credenciados entre brasileiros e estrangeiros, como ingleses, italianos, mexicanos e de países sul-americanos.
 
O caixão foi colocado em uma tenda no meio do gramado por volta das 9h30. O ex-atacante Pepe, parceiro histórico de Pelé com a camisa do Santos, foi um dos primeiros a se aproximar.
 
Pouco antes, o sistema de som da Vila tocou o hino do Santos e uma música cantada pelo Rei, em que ele dizia que era o Pelé e que havia vindo de Três Corações (MG).
 
O gari Saulo Duarte Soares, 36, de Juquiá (SP), chegou a Santos na sexta-feira (30) exclusivamente para participar do funeral.
 
Antes de entrar na fila, viu a homenagem com drones ao Rei na virada do ano, na Praia do Gonzaga.
 
Nesta terça iria ver Pelé pela segunda vez. A primeira foi quando era ainda adolescente, na inauguração de um ginásio em sua cidade.
 
"Vou entrar na fila quantas vezes conseguir até amanhã [terça]", afirmou o gari, que disse contar com a colaboração de vizinhos da Vila para ir ao banheiro, comer e tomar banho.



O velório vai sem interrupção, até as 10h desta terça (3), quando sairá o cortejo pelas ruas de Santos, passando pelo Canal 6, onde mora dona Celeste, mãe de Pelé.
 
O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, foi a primeira autoridade a chegar nesta segunda.
 
Pouco depois, chegou ao local o presidente da Fifa, Gianni Infantino. Também estão confirmadas as presenças do chefe da CBF, Ednaldo Rodrigues, do governador Tarcísio de Freitas (Podemos) e do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), além de ex-jogadores do Santos, que têm uma entrada exclusiva no estádio.
 
Muitos anônimos vieram de longe, como a servidora pública Adriana Bonfim, 53, que pegou um voo no início da noite de domingo em Brasília, alugou um carro em São Paulo e passou madrugada à espera do início do velório.
"Fiz isso pelo que ele representou ao Brasil", disse

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