Romualdo Arppi Filho, ex-árbitro de futebol
Morreu, neste domingo (5/3), o ex-árbitro Romualdo Arppi Filho, em Santos, no litoral de São Paulo. Juiz da final da Copa do Mundo de 1986, ele também apitou o jogo de ida da final entre Atlético e Flamengo no Campeonato Brasileiro de 1980.
Arppi Filho morreu aos 84 anos. Ele estava internado no Hospital Ana Costa, onde fazia tratamento renal.
No auge da carreira, o árbitro apitou a final da Copa de 86, no México, onde a Argentina sagrou-se bi mundial ao vencer a Alemanha por 3 a 2.
Natural de Santos, Arppi Filho nasceu em 7 de janeiro de 1939. Ele se tornou o segundo brasileiro a apitar uma final de Mundial, antecedido por Arnaldo Cézar Coelho.
O paulista iniciou a carreira aos 14 anos e, profissionalmente, aos 20. Apitou decisões do Campeonato Brasileiro em 1980, 1984 e 1985, tendo também participado de três Olimpíadas: 1968, 1980 e 1984.
Polêmica na final do Brasileiro de 1980
Romualdo Arppi Filho foi o juiz do confronto de ida entre Atlético e Flamengo, pela final do Campeonato Brasileiro de 1980, no Mineirão, em Belo Horizonte. A partida decisiva contava com mais de 90 mil espectadores no Gigante da Pampulha.
Na ocasião, o Galo venceu por 1 a 0. Ainda assim, os atleticanos ficaram na bronca com a arbitragem. Logo aos 10', Reinaldo fez jogada individual e foi parado dura entrada do volante Andrade. Arppi Filho assinalou falta, sem expulsar o atleta flamenguista.
Ainda assim, o próprio Reinaldo viria a balançar as redes no início do segundo tempo, decretando a vitória alvinegra por 1 a 0. A reclamação dos alvinegros envolvia a percepção de que o Atlético poderia ter construído um placar mais elástico se tivesse contado com um jogador a mais desde o início da partida.
Além disso, também houve contestação de outros lances do jogo. O Alvinegro cobrou por dois pênaltis não marcados e dois gols anulados.
Na volta, no Maracanã, o Galo foi superado por 3 a 2 pelo Flamengo e ficou com o vice-campeonato. A partida no Rio de Janeiro teve ainda mais polêmicas de arbitragem, envolvendo o juiz José de Assis Aragão.