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Apostas: jogador é suspenso por dois anos por participação em esquema

Nikolas, ex-jogador do Novo Hamburgo, foi o primeiro citado na Operação Penalidade Máxima a ser punido no âmbito desportivo

22/05/2023 19:46 / atualizado em 22/05/2023 19:58
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Nikolas foi suspenso por dois anos por participação em esquema de apostas
foto: Jefferson Couto / Novo Hamburgo

Nikolas foi suspenso por dois anos por participação em esquema de apostas

Ex-jogador do Novo Hamburgo, Nikolas é o primeiro atleta citado pela Operação Penalidade Máxima, do Ministério Público de Goiás, a ser punido esportivamente. Após julgamento nesta segunda-feira (22), o Tribunal de Justiça Desportiva do Rio Grande do Sul (TJD-RS) suspendeu o jogador por dois anos, além de multá-lo em R$ 80 mil.
 
Nikolas foi citado pela operação após entrar em acordo com apostadores para cometer um pênalti na partida entre Esportivo e Novo Hamburgo, válida pelo Gaúchão, no dia 11 de fevereiro de 2023.
 
O jogador entrou em campo aos 18 minutos do segundo tempo e cometeu a penalidade, perdida pelo Esportivo, aos 30 minutos. Nikolas também levou cartão amarelo no lance.
 
Imagens do lance e conversas de aplicativos tomadas pelo MP-GO foram usadas durante o julgamento. O jogador e seus advogados não compareceram ao julgamento para apresentar defesa.
 

O plano

 
Nikolas recebeu mensagem de apostadores prometendo R$ 80 mil para que ele cometesse um pênalti contra o Esportivo, com R$ 5 mil sendo pagos como sinal.
 
Antes do jogo, ele conversou com um dos apostadores e garantiu que cometeria o pênalti.
 
- Primeiro lance meu na área é carriola. Azar. Escanteio, agarrar - afirmou o atleta.
 
Após o jogo e o sucesso na missão, Nikolas voltou a falar com o apostador.
 
- Você é pica, brabo! - disse o apostador.
 
- Aqui é palavra de homem. Eu sabia que ia entrar no jogo, então não tinha erro - afirmou Nikolas.
 

Jogador não foi denunciado

 
Apesar de confessar ter recebido para cometer a penalidade, Nikolas não foi denunciado pelo MP-GO por ter aceitado colaborar com as investigações. Outros sete jogadores foram denunciados na segunda fase da operação.
 

Outro julgamento é adiado

 
O julgamento de Jarro, que também colaborou com a investigação do MP-GO, acabou adiado a pedido da defesa do atleta. O TJD-RS aceitou o pedido do advogado Diogo Rodrigues para rever as provas e um prazo maior para a formulação da defesa.

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