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Gabriel Carneiro: o culpado de o Brasil não ser hexa em 2026 vem aí

Tudo o que acontecer depende exclusivamente do técnico que será contratado

14/06/2023 06:00 / atualizado em 13/06/2023 18:42
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Seleção joga neste sábado (17), às 16h30 (de Brasília), contra Guiné
foto: Divulgação/CBF

Seleção joga neste sábado (17), às 16h30 (de Brasília), contra Guiné

A CBF nunca se sentiu tão perto de definir o novo técnico da seleção brasileira. Ancelotti é o plano A, Jorge Jesus o plano B e se der tudo errado existe o entendimento de que nomes do mercado nacional tipo Dorival Júnior, Fernando Diniz ou Abel Ferreira não vão exigir movimentos tão complexos, tipo viagens ou acordo salarial em outra moeda.
 

A definição vai encerrar uma novela mais longa que Selva de Pedra, que se arrasta há meses. O cargo está vago há seis meses, mas todo mundo já sabia que Tite sairia desde o fim de 2021. A nova gestão da CBF tomou posse em março do ano passado e já entrou sabendo disso.

Tempo não faltou e mesmo assim a seleção brasileira nesse momento não tem treinador, não tem comissão técnica, não tem levantamento de dados e observação, não tem diretoria e não tem planejamento para os próximos anos. O trabalho do dia a dia é mínimo e sem norte. É uma não-seleção.

O maior exemplo disso foi a constrangedora viagem às pressas do técnico da seleção sub-20 em meio ao Mundial da categoria pra convocar uma lista de jogadores da seleção profissional sobre os quais ele provavelmente não tem informações suficientes. Ah, isso não é uma crítica ao Ramon e sim à falta de processos e profissionalismo da CBF, tá? O Ramon faz o que dá.
 
Ramon Menezes durante convocação da seleção na sede da CBF
foto: Divulgação/CBF

Ramon Menezes durante convocação da seleção na sede da CBF

 
 

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CBF aposta todas as fichas no novo técnico


O novo técnico vem aí. Com ele virá uma comissão técnica, uma equipe pra analisar dados e fazer observações, uma diretoria e algum planejamento. Se o técnico demorar mais pra chegar, tudo isso vai demorar mais pra existir e vamos seguir perdendo tempo, já que tudo depende exclusivamente de quem será o técnico.

Aí, se o Brasil perder a Copa do Mundo de 2026 e chegar ao maior jejum de títulos da história, a culpa será do técnico. Vai ser mais um chamado de burro, incompetente, que errou ao convocar tal nome, que fica queimado no mercado, que nem era tudo isso.  

É mais fácil assim. Pra torcedor que não pensa, pro formador de opinião que não analisa e pro dirigente que não trabalha.

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