A Minas Arena, concessionária que administra o Mineirão, divulgou nesta quinta-feira (23/12) um balanço de cadeiras quebradas e outras depredações nos 18 jogos realizados com público no estádio este ano. Responsáveis pelos danos causados por seus torcedores, Atlético e Cruzeiro terão que arcar, juntos, com R$ 232 mil por reposições ou reparos feitos no Gigante da Pampulha.
A volta do público ao Mineirão no decorrer da pandemia gerou estragos em 17 dos 18 jogos. Das 17 partidas de futebol masculino, três tiveram o mando do Cruzeiro e 14 do Atlético. Houve ainda a final do Campeonato Mineiro Feminino, com mando celeste diante do Galo, mas sem nenhum dano registrado em cadeiras e outras dependências do estádio.
De acordo com a Minas Arena, nessas partidas realizadas no período pandêmico, 2.026 cadeiras foram quebradas. O prejuízo total dos clubes só com esse tipo de dano chegou a R$ 111.367,02.
Os torcedores atleticanos quebraram 1.792 cadeiras em 14 jogos no Mineirão, uma média de 128 por apresentação no Gigante. Só em relação a esse tipo de depredação, o clube terá que arcar com R$ 93.602,96. O jogo com 'recorde' de cadeiras quebradas foi entre Galo e Corinthians, em 10 de novembro: 241 unidades.
Já a torcida cruzeirense danificou 234 cadeiras em três partidas da equipe na Série B de 2021, uma média de 78 por duelo como mandante. Reparos e reposições custarão R$ 17.764,06 aos cofres do Cruzeiro. O jogo com mais cadeiras quebras foi diante do Náutico, em 25 de novembro: 143 ao todo.
Outras depredações
Além dos assentos, também houve danos no Mineirão em fechaduras, vasos e portas, quebras de vidros e bebedouros e pichações de parede. O prejuízo dos clubes gerado por essas outras depredações chegou a R$ 120.896,56.
O Atlético ainda terá que arcar com R$ 90.617,30 desses danos causados por sua torcida.
A conta total a ser paga pela diretoria do Galo à Minas Arena, relativa a cadeiras e outras depredações, chega a R$ 184.220,26.
No caso do Cruzeiro, as depredações ocorridas no estádio em seus jogos terão custo total de R$ 48.043,32, sendo R$ 17.764,06 de cadeiras quebradas e R$ 30.279,26 de outros danos.
Segundo a operadora do Mineirão, a vistoria de cadeiras e eventuais depredações é feita geralmente cinco dias após o jogo. Custos são estimados e, em seguida, é feita a cobrança aos clubes mandantes.
Responsabilidade prevista em contrato
Segundo a Minas Arena, os clubes são responsáveis por arcar com a depredação causada pelos torcedores. Isso consta no contrato assinado com as direções de Atlético e Cruzeiro.
O Mineirão dispõe de uma oficina para o reparo de cadeiras estragadas. O custo para a reforma depende dos itens a serem reparados e podem custar até R$ 295 por unidade. Além da depredação intencional, a quebra de cadeiras se dá principalmente pelo fato de os torcedores subirem ou saltarem sobre o assento. A atitude ainda pode causar ferimentos.
Público do feminino ganhou nota 10
O único jogo sem danos registrados foi a final do Campeonato Mineiro Feminino, entre Cruzeiro e Atlético. No jogo do Galo contra o Ceará, pelo Campeonato Brasileiro, não verificou-se quebra de cadeiras, mas foram registrados outros danos estruturais.
Campanha educativa
Mineirão e clubes já trabalham numa campanha educativa para evitar prejuízos causados pela quebra de cadeiras. A questão será tratada ao longo da temporada 2022.
O estádio é um patrimônio público, pertence ao estado de Minas Gerais e é administrado pela iniciativa privada por meio de concessão. A depredação do patrimônio público é crime previsto no Código Penal, com pena de seis meses a um ano de detenção e pagamento de multa.
A conta de cada clube
Prejuízo do Atlético
R$ 184.220,26 (14 jogos)
1.792 cadeiras quebradas - R$ 93.602,96
Outros danos - R$ 90.617,30
Prejuízo do Cruzeiro
R$ 48.043,32 (3 jogos)
234 cadeiras quebradas - R$ 17.764,06
Outros danos - R$ 30.279,26