Torcedor baleado em briga antes de Atlético e Cruzeiro está em estado grave

Reportagem atualizada às 16h57

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Morre torcedor baleado em briga antes do clássico entre Atlético e Cruzeiro

Está em estado grave e passou por cirurgia o torcedor cruzeirense Rodrigo Marlon Caetano, baleado no abdômen em uma briga entre torcedores de Atlético e Cruzeiro na manhã deste domingo (6/3), no cruzamento das ruas Lassance e Silva Alvarenga, no Bairro Boa Vista, em Belo Horizonte. Após a confusão, ele foi levado para a UPA Leste, onde sofreu uma parada cardíaca. Ainda no local, ele foi reanimado e imediatamente transferido, de ambulância, para o Hospital do Pronto Socorro João XXIII, no Centro da capital. 

Já a segunda pessoa baleada na briga, o motoqueiro Paulo Henrique Ferreira, que passava pelo local, foi medicado e liberado. Ele levou um tiro de raspão.

Segundo o coronel Micael Henrique Silva, comandante do Policiamento da Capital (CPC), o local onde ocorreu a briga é um ponta tradicional de encontro de torcedores atleticanos. "Na manhã deste domingo, eles foram surpreendidos por um grupo de cerca de 30 torcedores da Máfia Azul, que foram ao local exclusivamente para brigar."

Alguns torcedores estavam armados com paus, pedras e rojões. Um vídeo mostra uma pessoa caída no asfalto. Ainda não se sabe de onde teriam partido os tiros e nem quem seria o autor dos disparos.

O motoqueiro contou que estava passando pelo local, indo a um supermercado, para fazer compras para o almoço de domingo de sua família. "Eu só percebi que tinha sido ferido, de raspão no ombro, quando uma pessoa me avisou, no supermercado. Não tinha sentido nada. Aí, montei na moto e vim para a UPA."

A Polícia Civil espera pelo relatório da Polícia Militar para poder iniciar as investigações, que ficarão a cargo da Delegacia Seccional Leste. Existem registros de outros dois confrontos de torcedores no mesmo horário que este, todos na Região Leste da cidade: um no Bairro São Geraldo e outro no Bairro Santa Inês.

A briga no Bairro Boa Vista deixou a Polícia Militar em alerta. Segundo o coronel Micael Henrique Silva, a corporação montou equipes para fazer a escolta de grupos de torcedores até o Mineirão, uma medida que visa dar segurança ao torcedor e às famílias que estão seguindo para o jogo.