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América e Atlético comentam oferta bilionária pela Liga; Cruzeiro se cala

Mubadala Capital fez uma proposta de R$ 4,750 bilhões pela compra de 20% dos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B, que receberão novos nomes

08/11/2022 14:56 / atualizado em 08/11/2022 17:54
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Campeonato Brasileiro pode ser vendido para grupo dos Emirados Árabes Unidos
foto: Divulgação / CBF

Campeonato Brasileiro pode ser vendido para grupo dos Emirados Árabes Unidos



Em contato com o Superesportes, América e Atlético comentaram a proposta bilionária recebida pela futura Liga do Brasileiro. De acordo com o Blog do Lauro Jardim, no jornal O Globo, o Mubadala Capital fez uma oferta de R$ 4,750 bilhões pela compra de 20% dos Campeonatos Brasileiros das Séries A e B, que receberão novos nomes.

Os valores foram oficializados aos clubes fundadores da Libra (Liga do Futebol Brasileiro): Botafogo, Flamengo, Vasco, Cruzeiro, Corinthians, Palmeiras, Santos, São Paulo, Red Bull Bragantino, Guarani, Ponte Preta, Novorizontino e Ituano. Equipes que não fazem parte também devem ser comunicadas.

O América entende que provavelmente essa seja uma proposta para todos os clubes das Séries A e B, mas ainda não teve acesso ao modelo do que foi oferecido. O Coelho ressalta que outros times irão conversar com a Libra no futuro. "Não é uma coisa tão simples", disse um dirigente do clube.

Por sua vez, o Atlético também demonstra muita cautela com o negócio. "Ainda não chegou nada. Eu vejo que só tem liga se houver entendimento dos 40 clubes", disse o presidente do Galo, Sérgio Coelho.

O Cruzeiro, por meio de sua assessoria de imprensa, optou por "não emitir comentários públicos sobre o tema".

Reunião


Na Assembleia Geral da Liga do Futebol Brasileiro (Libra), nessa segunda-feira (7/11), integrantes dos clubes definiram "período de exclusividade ao Mubadala Capital para a negociação e formalização da documentação definitiva relacionada ao investimento no veículo comercial da Libra que fará a distribuição e venda de direitos de transmissão e comerciais do campeonato", diz a nota da entidade.

As propostas foram recebidas pelo Banco BTG Pactual S.A. ("BTG Pactual") e pela Codajas Sports Kapital ("CSK"). Se não houver impedimento, o acerto deve ser realizado possivelmente ainda neste ano. "O comitê de Investimento, formado por integrantes da LIBRA, será agora responsável, juntamente com o BTG Pactual e a CSK, pela condução das negociações relacionadas aos contratos definitivos".

Divergência


Ainda não entraram na Libra grandes clubes do futebol brasileiro, como América, Atlético, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Brusque, Ceará, Chapecoense, Coritiba, CRB, Criciúma, CSA, Cuiabá, Fluminense, Fortaleza, Goiás, Internacional, Juventude, Londrina, Náutico, Operário, Sampaio Côrrea, Sport, Tombense e Vila Nova.

Como os direitos de transmissão estão vendidos para a TV Globo até 2024, a Libra entrará em vigor em 2025, já com uma nova negociação das cotas. A principal divergência entre os grupos é a divisão das receitas. Veja abaixo:

Libra

  • 40% do valor repartido de forma igualitária entre as equipes
  • 30% de acordo com sua performance nas Séries A ou B
  • 30% variáveis por engajamento e audiência.
  • 15% do valor arrecadado vai para a Série B

Grupo divergente

  • 50% igualitário
  • 25% performance
  • 25% comercial, com parâmetros objetivos e mensuráveis
  • Diferença de receita entre maior e menor clube tendo como alvo o limite de 1.6 ao longo do tempo (referência Premier League), com o teto de 3.5 a partir do primeiro ano;
  • Compromisso de que a Série B receba 20% dos recursos de venda de direitos de transmissão

Mubadala Capital


A Mubadala Capital é uma empresa que aloca dinheiro em uma variedade de ativos, setores e regiões para o benefício dos Emirados Árabes Unidos. O valor total dos ativos chega a US$ 284 bilhões, com investimentos em mais de 50 países.

O negócio está ativo no Brasil desde 2011 e construiu um portfólio de ativos privados e públicos por meio da conclusão de uma série de transações, incluindo fusões e aquisições, reestruturações, entre outros. A empresa está sediada no Rio de Janeiro e é apoiada pelos escritórios da Mubadala Capital em Nova York e Abu Dhabi.

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