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Presidente do Sport reconhece demissão grande de funcionários: 'não há outra opção'

Milton Bivar reconheceu que medida não é definitiva para os problemas do clube, mas 'vai dar fôlego' financeiro para ajudar a tirar o Leão da crise

postado em 15/05/2019 20:02 / atualizado em 15/05/2019 20:23

<i>(Foto: Marina Curcio/ESP. DP)</i>
Uma sequência de gestões desastrosas no Sport fomentou uma grave crise financeira no clube, com consequências drásticas bem atuais. Mergulhado em dívidas e com um passivo de mais de R$ 100 milhões, o Leão não está mais conseguindo arcar com seus compromissos básicos e a conta chegou, desta vez, para os funcionários rubro-negros. O presidente de futebol, Milton Bivar, lamentou a situação, mas reconheceu que fará demissões em grande número.

“Ainda não há um número exato definido, mas essa semana começaremos a demitir funcionários. É muito triste, mas infelizmente não temos outra opção. A partir do primeiro mês, logo quando assumi o Sport, eu senti a situação crítica. Levamos quase quatro meses para colocar em prática esse corte de gastos. Não é a solução definitiva, mas vai nos dar fôlego para seguirmos trabalhando para reerguer o clube”, declarou Milton.

Olhando para a crise do Leão, o presidente traçou um paralelo com a realidade da vida. “Um dia temos que sair do apartamento onde moramos, ir para um menor, abrir mão da funcionária para nós mesmos irmos para a cozinha. Ao invés de pegar o carro na garagem, temos que pegar um ônibus. Crises acontecem, isso é coisa da vida. É muito triste ter que demitir, mas é uma parte da saída. Contenção de despesas para dar uma sobrevida ao trabalho de aumentar a receita”, acrescentou.

Apesar de admitir que serão muitos demitidos, Milton Bivar deixou claro que pretender executar todas as ações de forma responsável para não prejudicar a parte mais importante do clube: o futebol. “Tudo com responsabilidade. Não podemos, sob hipótese alguma, tratar o clube como uma fábrica e mexer drasticamente no produto principal. Quem age desta forma tende a quebrar de vez. A fábrica do Sport é futebol. Isso precisa ser preservado”, finalizou.