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Polícia Civil prende presidente do Tupi em Juiz de Fora

Mandatário do clube foi preso por posse ilegal de armas de fogo; irregularidades na gestão do futebol de base também são investigadas

13/09/2021 23:40 / atualizado em 14/09/2021 00:13
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Prisão do presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior, aconteceu na tarde desta segunda-feira (13/9)
foto: Tupi/Instagram/Reprodução

Prisão do presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior, aconteceu na tarde desta segunda-feira (13/9)

O presidente do Tupi, José Luiz Mauler Júnior, foi preso pela Polícia Civil em Juiz de Fora, na Zona da Mata, na tarde desta segunda-feira (13/9), por posse ilegal de três armas de fogo. Paralelamente, as diligências policiais em curso também apuram denúncias de irregularidades na gestão do futebol de base do clube alvinegro.
 
Em entrevista ao Estado de Minas, a delegada da 4ª Delegacia da Polícia Civil de Juiz de Fora, Ione Barbosa, informa que determinou a fiança de R$ 50 mil para a soltura do presidente. A quantia, porém, não foi paga e o mandatário do clube foi transferido para o Centro de Remanejamento Provisório (Ceresp) – unidade prisional da cidade do interior mineiro.
 
“Ao cumprir mandados de busca e apreensão nesta manhã, as armas foram apreendidas na casa do investigado. O celular dele também foi recolhido. Já na sede social do clube, dois computadores e vários documentos foram apreendidos e encaminhados à perícia, pois já conseguimos autorização para quebra do sigilo dos dados”, explica a delegada, acrescentando que, após as análises dos materiais, um pedido de prisão preventiva não está descartado.

 
Irregularidades nas peneiras do clube

 
A expectativa é de que a vasta documentação apreendida nesta segunda-feira possa auxiliar nas investigações de supostas irregularidades nos processos de seleção de novos jogadores.
 
As investigações tiveram início em junho, após uma pessoa registrar um boletim de ocorrência relatando que pagou R$ 350 para que o filho participasse de uma seletiva no Tupi. No entanto, a peneira não foi realizada, e o pagamento – conforme o registro policial – foi feito para Luigi Firmiano, supervisor da base do clube.
 
“Os meninos pagavam e, muitas vezes, o serviço não era prestado. Logo, precisamos de mais documentos para comprovar tudo isso. Há vítimas não só de Juiz de Fora, mas também de outras cidades e estados. Houve muitas falsas promessas de profissionalização”, conta a delegada, estimando que mais de 20 pessoas possam ter sido lesadas.
 
Após o início das investigações da Polícia Civil, Tiago Ferreira Conte foi afastado, no fim de junho, da vice-presidência financeira clube e também da gestão da base alvinegra.
 
Inicialmente, houve um acordo para que os dirigentes devolvessem os valores pagos para aqueles que se sentiram lesados. No entanto, conforme a Polícia Civil, o ressarcimento do montante estimado em R$ 43.250 ainda não ocorreu.


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