De volta às vitórias, Anderson Silva foi reverenciado pelo adversário Derek Brunson após a luta em NY - Foto: Getty Images

Considerado um dos maiores lutador da história do MMA, Anderson Silva encerrou um incômodo jejum de mais de quatro anos sem vitória no Ultimate Fighting Championship. No fim de semana passado, o Spider travou luta dura contra Derek Brunson, na atração coprincipal do UFC 208, no Brooklyn, e levou a melhor por decisão unânime dos juízes. Em entrevista coletiva após o evento, o ex-campeão do peso médio ressaltou as dificuldades e admitiu que a idade – 41 anos - interferiu no desempenho no terceiro round. “No último round, eu pensei: ‘Deus, eu sou um velho agora! Jesus Cristo!’ Mas isso não importa. Quando eu entro no octógono, não me importo com isso. Com 41, 42, 43, coloco meu coração ali, e vamos lá. Muitas pessoas falam que eu estou velho. Eu sou, sou muito velho. Mas, sabe, tenho muita experiência. Isso é mais importante”, declarou o brasileiro.

Anderson Silva destacou a evolução dos lutadores da categoria, como Derek Brunson, mas garantiu estar preparado para lidar com as possíveis desvantagens no momento da luta. O ‘Spider’ ainda negou que o discurso emocionado ao final do combate em Nova York tenha relação com desejo de aposentadoria.

“Na verdade, a galera é mais rápida. Mas eu um tempo melhor que o deles. Não que eu seja melhor que eles, mas eu tenho um tempo. Isso é uma vantagem sobre essa garotada que está chegando. Meus amigos dizem, o tempo todo, que eu estou velho. E, na minha mente, estou sempre fazendo piada com isso. Mantenho o foco nos treinamentos e trabalho todo dia. Estou apenas brincando. Na minha mente, eu sou jovem. Eu vou ter que parar alguma hora, mas esse momento ainda não chegou”, afirmou.

Anderson Silva não vencia uma luta desde outubro de 2012, quando nocauteou Stephan Bonnar. Desde então, ele passou por momento turbulento na carreira, com perda do cinturão dos médios, grave lesão na perna esquerda e suspensão de um ano por doping. O jejum durava cinco combates. O triunfo sobre Brunson foi o 34º em 43 apresentações do lendário lutador, ainda recordista em defesas de título no UFC, com 10 vitórias.