2

Perto de encerrar contrato com UFC, Demian Maia ensaia aposentadoria

Paulista poderá se despedir neste sábado, contra Belal Muhammad

07/06/2021 20:10
compartilhe
Demian Maia, nome de ponta no jiu-jítsu, pode encerrar carreira de 14 anos no UFC
foto: Sean M. Haffey/AFP

Demian Maia, nome de ponta no jiu-jítsu, pode encerrar carreira de 14 anos no UFC


Um nome de destaque do MMA e do jiu-jítsu nacional pode se desperdir do octógono no próximo sábado, no UFC 263, em Glendale, nos EUA. Aos 43 anos, Demian Maia enfrentará o americano de raízes palestinas Belal Muhammad, na divisão dos meio-médios (77kg), naquela que será a última luta prevista no contrato com o Ultimate Fighting Championship. O paulista não garante que a aposentadoria será depois do combate, embora admita que o fim da carreira está perto.
 
Demian Maia, porém, avisou que está 100% focado no compromisso de sábado. "Estou tentando abstrair o máximo possível para não carregar isso pra luta e eventualmente poder me incomodar. Mas tenho na minha cabeça friamente dois planos: uma é fazer essa luta, é o principal, e pode ser que me aposente ou não com essa luta" afirmou, em entrevista ao Combate.com.

Demian terá pela frente o 33º combate pelo UFC. Com 22 vitórias (perdeu dez vezes), ele está a um triunfo de igualar o recorde de outro veterano, Donald Cerrone. O Cowboy ganhou 23 lutas na organização. No Ultimate desde 2007, o brasileiro já foi desafiante de Anderson Silva, então campeão peso-médio (84kg), em 2010, e de Tyron Woodley, pelo cinturão dos meio-médios, em 2017. Em ambas as ocasiões, ele foi derrotado por pontos. 

O especialista no jiu-jítsu considera que o resultado no sábado poderá definir até mesmo o adiamento da aposentadoria. Caso ele vença, revelou que deverá pedir mais uma luta para 'pendurar as luvas' no octógono. "Se eu me sair bem, se eu me sentir bem principalmente, gostaria de fazer uma última luta de aposentadoria depois dessa. Mas ou vai ser essa ou vai ser essa e mais uma. Não vai passar muito disso não", frisou.

Demian Maia vem de derrota para Gilbert Durinho, no UFC promovido em Brasília, último evento da organização no Brasil, em março passado, já sem público por causa da pandemia. Na ocasião, o paulista foi superado por nocaute técnico no primeiro round e teve interrompida sequência de três vitórias na divisão. Com o retorno dos fãs na edição deste sábado, ele admitiu que terá mais motivação para se recuperar.

"Lutar com arena vazia é um anticlímax muito grande. Você talvez relaxe um pouco mais do que deveria, o que não é bom pra uma luta de MMA. Graças a Deus voltou o público porque seria muito triste fazer uma luta de despedida numa arena vazia. É importante ter o apoio da torcida, tanto quanto ganha como quando perde, ainda mais para uma última luta", comentou o veterano, que é formado em jornalismo e tem carreira vencedora na chamada 'arte suave', com ouro e prata no ADCC, mais importante competição de submission (sem quimono) e um título e dois vices no Mundial de Jiu-Jítsu. 

UFC 263


sábado, 12 de junho
Local: Gila River Arena, Glendale (EUA)
Horário (de Brasília): card preliminar(19h15); card principal (23h)

CARD PRINCIPAL

Israel Adesanya x Marvin Vettori - cinturão peso-médio
Deiveson Figueiredo x Brandon Moreno - cinturão peso-mosca
Leon Edwards x Nate Diaz
Demian Maia x Belal Muhammad
Paul Craig x Jamahal Hill

CARD PRELIMINAR

Drew Dober x Brad Riddell
Eryk Anders x Darren Stewart
Lauren Murphy x Joanne Calderwood
Movsar Evloev x Hakeem Dawodu
Pannie Kianzad x Alexis Davis
Frank Camacho x Matt Frevola
Chase Hooper x Steven Peterson
Fares Ziam x Luigi Vendramini
Carlos Boi x Jake Collier

Compartilhe