O pedido do presidente da CBF quer do Supremo a garantia de poder permanecer calado durante a possível audiência na CPI. De acordo com o documento, Del Nero teme ser preso em flagrante "a pretexto da comissão de incorretos delitos, tais como desacato e falso testemunho". Mas como ele nem sequer foi convocado, Gilmar Mendes informou na medida cautelar que a análise do pedido é inviável.
O pedido de habeas corpus data do fim do mês passado. Nele, o advogado José Roberto Batochio informa que, apesar de tentar ouvir o presidente da CBF como testemunha, "é inegável, manifesta e inequívoca sua condição de investigado e, diga-se, ostensivamente ameaçado a sofrer ilegalidades" na CPI. O documento menciona ainda a "declarada animosidade" entre Del Nero e Romário.
Na quarta, os senadores Romário e Randolfe Rodrigues (Rede-AP) anunciaram a prorrogação da CPI por mais seis meses. A comissão já havia pedido a quebra de sigilo telefônico e de e-mail de Del Nero sob o pretexto de envolvimento dele em investigar irregularidades na Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e na realização da Copa das Confederações de 2013 e da Copa do Mundo de 2014.
