Minas e Praia iniciam semifinais da Superliga em busca de nova decisão

As semifinais da Superliga Feminina 2020/21 começam nesta sexta-feira, em rodada dupla no Centro de Desenvolvimento de Vôlei (CDV), em Saquarema-RJ. Praia Clube e Osasco abrem a rodada dupla, às 19h, enquanto Minas e Sesi Bauru se enfrentarão logo depois, às 21h30. As partidas terão transmissão do SporTV2. 

A exemplo das quartas de final, as semifinais serão disputadas em série melhor de três partidas. A diferença é que, devido ao avanço da pandemia de COVID-19, com medidas restritivas em estados como Minas Gerais e São Paulo, a CBV levou os jogos para Saquarema, no CT da Seleção Brasileira, que funcionará como uma 'bolha' e receberá apenas jogadoras, dirigentes e comissões técnicas das equipes.

Ao contrário da Superliga Masculina, no feminino as quatro equipes que fizeram campanhas melhores na fase de classificação chegaram às semifinais. Entre os representantes mineiros, a expectativa é de mais uma decisão entre Minas e Praia, pela segunda vez consecutiva. Em 2018/19, as minas-tenistas levaram a melhor diante do rival de Uberlândia e conquistaram o terceiro título nacional. 

O Praia, por sua vez, busca chegar à final pela terceira vez seguida. O time de Uberlândia levantou a taça em 2017/18, diante do Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho. Na temporada 2019/20, a competição não teve campeão, pois foi cancelada por causa da pandemia de COVID-19. Dos quatro semifinalistas, o Osasco é o maior vencedor, com cinco títulos. O Sesi Bauru ainda não teve o gosto de erguer o troféu. 

O segundo confronto das semifinais será em nova rodada dupla, neste domingo. Praia e Osasco se enfrentarão às 19h, com Minas e Sesi Bauru fechando a noite, a partir das 21h30. Se necessário, o terceiro duelo será na terça-feira, dia 30: Osasco x Praia, às 16h30, e Minas x Sesi Bauru, às 19h. Todas as partidas terão transmissão do SporTV2. 

Na opinião de Paulo Coco, técnico do Praia, esta edição da Superliga é a de mais equilíbrio. “A cada ano que passa, a competição fica mais equilibrada. Vemos uma evolução ano a ano, acrescida, ainda, pela chegada de várias jogadoras de nível internacional. Podemos dizer, sem medo de errar, que nessa temporada, foram seis equipes brigando para estar nas semifinais”, avaliou. 

Além disso, o fato de não haver torcida nos jogos, mudou bastante os jogos, conforme o treinador. “As partidas se tornaram mais homogêneas. É uma nova realidade, que aliás, não é mais tão nova, pois disputamos uma temporada inteira assim”, acrescentou Coco.

A meio de rede Walewska, capitã do Praia, explica a nova realidade. “Jogar sem torcida é muito diferente. Não tem vibração. A torcida do Praia é muito presente. Sentimos muita falta. Mas logo no início, nos reunimos, nós jogadoras. Falamos sobre a necessidade de adaptação a essa nova realidade. Tivemos de aprender, rápido, a jogar sem torcida”, ressaltou.

Sobre o adversário, Paulo Côco considera que o Osasco enfrenta problemas, pois algumas jogadoras tiveram COVID-19, o que pode ampliar a dificuldade para readaptação pós-infecção. Mas ele se mostra consciente de que as paulistas terão força máxima.  “Jackeline está recuperada. Tandara teve Covid, mas já está bem. Estudamos, bem, o adversário e acredito que temos todas as condições de vencer”, declarou.

Para chegar ao quarto título, o Minas espera alcançar a nona final na Superliga. O time mineiro levantou a taça três vezes, 1993, 2002 e 2019, e foi vice-campeão cinco vezes, com seis bronzes no pódio. O Sesi, sem a parceria com o Bauru, chegou à decisão em uma oportunidade e terminou em segundo lugar. E foi terceiro colocado em outra ocasião. 

Atual campeão, o Minas é o time de melhor campanha nesta edição, o que aumenta, segundo o técnico italiano Nicola Negro, o grau de dificuldade até pelo 'favoritismo' nos números. “Chegamos preparados para essa reta final da Superliga e também estamos prontos para encarar um nível de jogo mais alto que qualquer outro até aqui. Percorremos um caminho muito importante, nos últimos meses, mas sabemos que contará só daqui para frente", enfatizou.

 

"O Sesi Bauru é um time muito perigoso, tem um potencial de ataque muito forte. Sempre que jogamos contra eles, foram jogos apertados e esse retrospecto de vitórias passadas não significa nada agora. Então, temos de entrar em quadra com máxima atenção e temos que tomar muito cuidado. Precisamos, pelo menos, manter o nível de jogo que tivemos até agora e, se possível, precisamos ser ainda melhores”, alertou o comandante minas-tenista. 

Um dos pilares do Minas, que também conquistou a última edição da Copa Brasil, diante do Praia, em Saquarema, a ponteira Pri Daroit tamém projetou um confronto equilibrado. “Será uma semifinal muito equilibrada. A gente sabe das qualidades do Sesi Bauru, que tem jogadoras extremamente qualificadas, como Polina, Tiffany, Brenda, Dani Lins, Mara e Adenise. É um adversário muito perigoso, mas o nosso time é maduro o suficiente para saber encarar os desafios”, comentou.