Basquete
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Novo celeiro de talentos

Liga Nacional, que reergueu o esporte no país, promove campeonato sub-21 para garantir renovação. Iniciativa atende técnico da Seleção e traz de volta à quadra clubes tradicionais

postado em 06/10/2011 07:00

Começa neste sábado o Novo Basquete Brasil Sub-21 (NBB-21), o mais ousado projeto de uma modalidade do esporte brasileiro. Além da disputa em quadra, uma série de novidades. A principal delas é que a partir de agora, a exemplo da NBA, o basquete brasileiro também tem seu draft, que será montado a partir dessa competição, parte de um projeto da Liga Nacional de Basquete, batizado de Liga de Desenvolvimento Olímpico (LDO).

O basquete brasileiro vive um momento especial, já que festeja a volta da Seleção Masculina aos Jogos Olímpicos, o que não acontecia há três edições (desde Atlanta’1996). E na classificação brasileira, o técnico Rubén Magnano, responsável pela mudança na maneira de jogar do time nacional, dizia que era preciso que outras ações surgissem, principalmente uma renovação nos clubes.

Magnano foi surpreendido com esse projeto, já que vem sendo desenvolvido pelo presidente da LNB, Kouros Monadjemi, ex-presidente do Minas, há três anos e obriga que os clubes que disputam a competição principal tenham também equipes Sub-21. “A reposição de jogadores para as equipes se resolverá com esses meninos, assim como para a Seleção.”

Essa não foi a úinica surpresa para Magnano. O treinador, que vive hoje na sul-mineira São Sebastião do Paraíso, queria muito observar todos os jogadores, e por esse motivo toda a competição será disputada na cidade, onde fica o centro de treinamento do basquete.

“Esse projeto é para vocês, jovens atletas e nossos futuros ídolos. É preciso criar novos ídolos e são vocês que irão preencher essa lacuna. Em 2016, são vocês que irão nos representar nas Olimpíadas”, disse, Kouros, no lançamento do evento, há dois dias, em São Paulo.

RETORNO E foi justamente a criação dessa competição que trouxe de volta às competições nacionais um dos clubes mais tradicionais do país, dos mais antigos do basquete, aliás, nasceu como uma equipe dessa modalidade, há 64 anos, o Ginástico, de Belo Horizonte.

A obrigatoriedade de ter uma equipe sub-21 fez com que surgissem parcerias, o que possibilitou o retorno do Ginástico, que joga representando o Limeira, que não tem divisões de base. “Esse é um momento importante, pois é o primeiro passo para que possamos retornar à elite do basquete brasileiro. Com essa mesma equipe Sub-21, mais alguns reforços, disputaremos a Copa Brasil, que é classificatória para o NBB”, diz Ricardo Zhouri, diretor de basquete.

Para os jogadores do clube, um momento especial, como para o ala Kesley. “A gente sonha em disputar uma competição nacional e até em chegar à Seleção. O Ginástico estava fora das competições nacionais e é muito bom viver esse momento, o da volta. Essa é uma oportunidade que não se pode perder.” Outro time mineiro, o Uberlândia fez uma parceria com o Monte Líbano, de São Paulo, que a exemplo do Ginástico não compete desde os anos 1990. Uberlândia e Minas vão disputar o Grupo B, que tem início previsto para o dia 22.

 

Sem acordo na NBA,debandada continua

 

Se a queda de braço entre jogadores e franquias da Liga Profissional Norte-Americana de Basquete (NBA) não terminar até segunda-feira, as partidas marcadas para as duas primeiras semanas de novembro serão adiadas, provocando o segundo atraso na história do principal campeonato de basquete do mundo – o primeiro foi em 1999, quando a fase de classificação teve apenas 50 jogos em vez de 82. A afirmação é do comissário da liga, David Stern, que também anunciou de forma oficial o cancelamento da pré-temporada.

Seis por cento na divisão das receitas separam as duas partes de um acordo para o início da temporada regular. Depois de mais uma longa reunião terça-feira, que se estendeu por mais de quatro horas, os dois lados deixaram claro que não estão dispostos a arredar uma vírgula de suas propostas.

O grande impasse permanece sendo a divisão dos ganhos dos próximos anos. Os jogadores aceitaram reduzir sua parte de 57% para 53%. A proposta, porém, foi negada pelos proprietários, que oferecem apenas 47%. A queda de braço dura desde junho, quando expirou o Acordo Coletivo de Trabalho. Alegando prejuízos nos últimos anos, os dirigentes desejavam cortar salários em até 30% e modificar a divisão das receitas da liga, o que foi rejeitado pelos atletas. Sem o acordo entre as partes, a liga norte-americana entrou em locaute, ficando os jogadores impedidos pelos patrões de trabalhar.

MIGRAÇÃO Ontem, mais um jogador anunciou a migração para o basquete europeu. O francês Tony Parker, campeão com o San Antônio Spurs, assinou contrato com o Asvel Villeurbanne, equipe de que é dono e vice-presidente. Parker vai jogar por um salário de 1.500 euros mensais (cerca de R$ 3,6 mil), e se comprometeu a pagar uma multa à franquia caso sofra alguma lesão enquanto estiver na Europa. Reforço do Flamengo, o ala Leandrinho (Toronto Raptors) vai estrear pelo clube carioca domingo, em amistoso contra o Brasília, na capital federal.