A URT será o adversário do Galo no jogo de ida, pelas semifinais do Mineiro, domingo, às 11h, no Mineirão. Isso mesmo. Mandante no Mineirão, quando deveria ser em Patos de Minas. O presidente do clube optou por jogar no Gigante da Pampulha, alegando que havia escolhido seu estádio, em Patos, para os jogos com capacidade até 10 mil pagantes, e que, na fase final, onde não é permitido esse número reduzido de torcedores, a primeira opção seria o estádio do Mamoré (sem condição de receber partidas no momento) ou BH. Acho um grande absurdo um clube abrir mão da vantagem que tem de jogar em seus domínios ou num estádio onde sua torcida faça diferença. Aí, ainda tem gente que defende os estaduais, onde os times do interior e os estádios não têm a menor condição e as equipes da capital, privilegiando outras competições, jogam o estadual, quase todo, com o quadro reserva. Claro que no Mineirão, ainda mais no excelente horário de 11h, o torcedor atleticano vai comparecer e a URT arrecadará uma boa grana. Porém, penso que vale mais o troféu, o desporto, do que dinheiro. Bom para o Atlético, que se jogar bem, com o time titular, o que deverá acontecer, pode garantir vaga na final já no primeiro jogo. Tem mais time, mais dinheiro, mais grupo, mais estrutura e ainda terá sua casa para jogar como “visitante”. É mesmo uma brincadeira de mau gosto. O futebol brasileiro, assim como o país, não é sério.
Já o Cruzeiro pegará o América. Como visitante, vai jogar a primeira partida no Independência, às 16h de domingo. Parada torta, pois em casa o Coelho sempre dá trabalho ao Cruzeiro. Mano Menezes também deverá mandar a campo o que há de melhor, pois quer garantir vaga na final. Ano passado, o Cruzeiro foi eliminado na semifinal. Vamos ver o comportamento de Cruzeiro e Atlético, amanhã. O Galo no Independência, pela Libertadores, e o Cruzeiro no Morumbi, pela Copa do Brasil. Se conseguirem bons resultados, o fim de semana deverá ser de casa cheia. Vejo uma discussão sobre quem é melhor, Fábio ou Rafael. Bobagem pura. Fábio saiu do time por contusão. Ficou 8 meses parado e se recuperou, voltando a atuar no domingo. É o melhor goleiro do Brasil há dez anos e, pela coerência, tem que ser o titular. Rafael fez muito bem o seu papel, mas terá que esperar a aposentadoria de Fábio para ser o titular absoluto. Foi o caso de Ceni, no São Paulo. Reinou enquanto teve forças para continuar jogando. Fábio é um patrimônio do Cruzeiro, ídolo da torcida e deve ser respeitado e idolatrado como tal. Eu, particularmente, sou fã dele, tanto como goleiro como pelo caráter. Muito bom ter você de volta ao futebol, meu caro Fábio.
Piada 2
Luís Fabiano deu uma peitada no árbitro, pegou alguns jogos de suspensão, quando deveria mesmo pegar um ano de gancho, e vai jogar a final da Taça Rio, contra o Botafogo. O Vasco conseguiu efeito suspensivo. Por isso, o futebol brasileiro está na lama. Essa malandragem, artifício podre, só existe aqui nesse país da mentira. Na Europa, o atleta é punido em uma semifinal de Liga dos Campeões e fica fora da final. Já aconteceu com vários jogadores, inclusive com Ramires, quando atuava pelo Chelsea, e foi decisivo na semifinal, contra o Barcelona, classificando seu time para a decisão contra o Bayern, em Munique, no Allianz Arena. O Chelsea foi campeão, nas penalidades, e Ramires assistiu das tribunas. Lá, não existe efeito suspensivo ou qualquer artifício medíocre. Por isso, os europeus estão anos luz à nossa frente. Fosse eu o presidente de um clube brasileiro, teria vergonha de pedir efeito suspensivo, premiando o péssimo exemplo. Neymar foi expulso de campo no jogo contra o Málaga, no fim de semana, e aplaudiu o árbitro, de forma irônica. Pegou três jogos de gancho e desfalcará seu time no clássico contra o Real Madrid. Irresponsabilidade lá é punida de forma severa. Aqui, é uma bagunça generalizada. Vergonha!