A cada rodada do Brasileirão, estamos ouvindo todo tipo de reclamação dos treinadores. A principal delas é com relação ao calendário. Mas o que impressiona, na maioria das vezes, é que cada treinador vê seu time como única vítima. Como se o calendário não fosse o mesmo para os outros. Principalmente aqueles que se classificaram para a Libertadores, Copa do Brasil, Primeira Liga e sei lá mais o quê. Mas, o que fica evidente, é a falta confiança nos grupos. Manter mais de 30 jogadores não significa um banco forte, muito antes pelo contrário. Mas, uma coisa vem chamando a atenção. Se as equipes estão desgastadas, se os jogadores precisam evitar carrinhos e choques, porque será que o gramado tem que ser regado no começo e no meio da partida?
As equipes saem para o intervalo e... tome água! O que se vê é jogador escorregando, é parte do gramado sendo arrancada. Ou seja, estão deixando o jogo muito mais pesado. A cada partida tem um goleiro caindo no que mais parece um atoleiro. Será que os treinadores estão percebendo isso? Ou será que algum gênio bolou essa ‘molhação’ para dar velocidade ao jogo?
VAI FALAR
Ricardo Teixeira estaria em vias de fazer uma deleção premiada à Justiça dos Estados Unidos. Pelo menos lá. Porque aqui, no Brasil, essa turma do futebol deita e rola e as investigações não seguem em frente.
COELHO
Vendo esse time do América jogar, percebo que há uma certa organização, há uma estrutura tática imposta. O time sai jogando, marca bem no meio campo, se desloca. Mas, na hora de chutar a gol, ninguém assume a responsabilidade. Há sempre uma finta a mais, há sempre um passe errado. E o ano vai passando sem que esse time se encontre. Trocar passes no ataque americano é como jogar na loteria: todo mundo tenta, poucos acertam.
ÁBILA
O Cruzeiro deveria resolver logo esse problema do pagamento dos direitos do Ábila. Agora até a Fifa já entrou na briga. Além do mais, se não pretendem ficar com o atleta, definam logo a situação. O que não pode é deixar o cobrador esperando no portão.
AGORA VAI...
Boa vitória do Atlético em São Paulo. Depois daquele vexame contra o Atlético-PR, alguém acordou a rapaziada. Mas alguns fatores foram importantes no desempenho atleticano. Cazares voltou com vontade de jogar bola. Yago foi peça importante à frente da zaga e o Alex Silva foi um ala com força de marcação. Fez uma partida muito boa. Então, para quem jogou com um a menos – Robinho voltou a ser peça nula–, até que o Galo foi bem.
EXPLICAÇÕES
Aliás, é preciso saber se o Robinho tem treinado, se está adaptado ao Atlético, se precisa de mais algum tempo para voltar a jogar bem. Porque, de um jogador como ele, se espera muito mais.
ESTRANHO...
O futebol é mesmo difícil de entender. Vajam que a torcida do São Paulo está cuspindo marimbondos porque o Lucão falhou no lance do segundo gol atleticano. Muito bem, é um jovem com aquele futebol limitado, que foi escalado pelo treinador Rogério Ceni. O cara entra em campo e é vaiado. Enquanto isso, o clube tem no banco o Lugano, zagueiro experiente, que segue como ídolo, mas não joga. Cômoda posição.