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Irritado com arbitragem, Oswaldo não concede entrevista "para se preservar", segundo cartola

Rubro-negros alegam que árbitro paulista Flávio Rodrigues de Souza deixou de marcar outros dois pênaltis a favor do time pernambucano neste domingo

postado em 07/08/2016 21:11 / atualizado em 07/08/2016 21:51

Williams Aguiar/Sport Club do Recife — Treinador optou por não dar entrevistas a fim de evitar punição em razão de uma crítica à arbitragem

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Pela segunda vez neste Campeonato Brasileiro, o técnico Oswaldo de Oliveira não concedeu entrevistas coletivas após uma partida do Sport por conta de irritação com a arbitragem. Desta vez, por conta da atuação do paulista Flávio Rodrigues de Souza, que na visão dos rubro-negros deixou de marcar dois pênaltis a favor do Leão no empate por 1 a 1 com o Figueirense, no estádio Orlando Scarpelli, ambos no segundo tempo (uma bola na mão do zagueiro do Figueirense e uma falta em cima de Rogério, após chute de Edmilson). O gol leonino foi marcado por Túlio de Melo, também em cobrança de penalidade.

Antes, o treinador rubro-negro havia se negado a falar com a imprensa após a derrota para o Vitória-BA por 3 a 2. Na ocasião, as principais reclamações ficaram por contas expulsões do meia Everton Felipe e do atacante Lenis.

Na ausência de Oswaldo de Oliveira, coube ao executivo André Zanotta dar as declarações oficiais do clube sobre a partida. De acordo com o dirigente, a decisão de resguardar o treinador foi tomada com o intuito de evitar possíveis punições no Superior Tribunal de Justiça Desportiva, em caso de declarações mais fortes. "Foram três pênaltis a nosso favor e ele deu um só e por isso resolvemos preservar o Oswaldo, que está muito irritado e pode falar alguma coisa que pode ser mal interpretada. E ter o Oswaldo punido agora seria ainda mais prejudicial", explicou Zanotta, que de forma comedida, também reclamou da arbitragem.

"O nível da arbitragem hoje foi muito fraco e prejudicou o espetáculo. Irritou a torcida do Figueirense, a comissão técnica deles e a nossa também", pontuou o dirigente, que ainda não sabe se o Sport fará alguma representação oficial contra o Flávio Rodrigues de Souza na CBF. "Não deu tempo de discutir isso ainda. Vamos esfriar a cabeça e decidir na segunda-feira para saber se vale a pena. No ano passado, foram 12 reclamações oficiais e nenhuma surtiu efeito."

No entanto, apesar das lamentações, o empate acabou sendo bem recebido pelo cartola rubro-negro. "Jogar aqui (no Orlando Scarpelli) é sempre muito difícil. O Figueirense está invicto no seu estádio há 16 partidas. Começamos o segundo tempo perdendo, mas em nenhum momento o time se entregou. Temos que exaltar a garra do time. Acabou sendo um resultado bom", encerrou.