Goleiro Jailson durante treinamento no América, no CT Lanna Drumond (Foto: Mourão Panda / América)


 
Sem time desde que deixou o América, em julho, o goleiro Jailson revelou que um concorrente de posição no Coelho foi quem o levou a rescindir o contrato com o clube. Em entrevista exclusiva para o Superesportes, sem citar nomes, o arqueiro detonou o profissional ao chamá-lo de 'mau caráter' e 'ciumento'.




"Já conheço a história desse cara, esse mau caráter, há um bom tempo. Não era só comigo. Tem um áudio de um amigo meu que jogou com ele no São José. Pessoal do América, o Airton, o Jori e o Robinho. O cara acha que é maior que o clube. Comigo é diferente. E olha que eu fiquei muito. Fiquei cinco meses, mas era pra ter ficado dois. Eu tinha o propósito de ficar até o final do ano. Infelizmente, esse mau caráter acabou com a alegria da torcida americana", citou Jailson.

"Pelo amor de Deus, é só olhar o meu biotipo e o biotipo do cara. O cara não se cuida. Muita coisa acontece no clube aí. O cara está com 18 de percentual (de gordura), 130kg, ninguém fala nada. Só ver as coisas, mas têm medo de falar", detonou.

Jailson rescindiu com o América em 5 de julho. Na oportunidade, por meio de nota, o clube divulgou que a iniciativa para o encerramento do contrato partiu do atleta. O vínculo tinha previsão de término em dezembro.



 
 

Passagem pelo América


Apesar da curta passagem de cinco meses e meio, Jailson deixou marcas importantes na história do América. Contratado em janeiro para substituir Matheus Cavichioli, o goleiro, de 41 anos, se adaptou rapidamente ao clube mineiro, mas disse não ter sido bem recepcionado por esse companheiro de posição.

"Não disse nada comigo (quando cheguei). Mau caráter. Fiquei quieto. Deixei um monte de gente falar um monte de coisa. Aí, chegou a hora da verdade. Ele tinha ciúmes de mim desde a época do Palmeiras", argumentou o atleta.

"Eu saí do América, todo mundo postou as coisas, agradeceu. Só esse mau caráter que ficou torcendo contra. Acabei ficando cinco meses no América e levei o time para a Libertadores", completou.




Pelo Coelho, Jailson atuou em 26 partidas e sofreu 29 gols (média de 1,1 por confronto). Apesar dos poucos jogos, o goleiro conseguiu escrever seu nome na história do América por suas participações salvadoras na Copa Libertadores. 

No empate em 0 a 0 contra o Barcelona-EQU, pelo jogo de volta da terceira fase da competição, Jailson já havia tido grande desempenho. Ainda assim, nos pênaltis, defendeu a cobrança de Quiñónez e classificou a equipe alviverde para a fase de grupos da competição.
 
 

Últimos passos


Quando rescindiu com o América, Jailson não vinha sendo relacionado para os jogos. O clube alegou que o goleiro estava em processo de recuperação de um desconforto muscular na perna esquerda e que, posteriormente, teve amigdalite. Sua última partida com a camisa alviverde foi em 15 de junho, contra o Fluminense, pela 12ª rodada do Brasileiro.




"Ele fazia o que ele fazia em todo lugar que ele passou. Ninguém fala bem desse cara. Ficava ouvindo conversa e levava para o coordenador. Por isso não ganhou nada na vida. Eu não sei (se ele tinha influência direta na escolha do titular)", argumentou Jailson.

"Eu recebi uma folga porque tinha jogado 20 e poucos jogos. Já estava cansado. Depois, não voltei mais para o time. Se tivesse um motivo de falha, mas pode ver, eu era o melhor em campo várias vezes", completou.

Durante os quatro jogos que Jailson esteve fora, o América contou com a presença de dois diferentes goleiros abaixo de suas traves. Primeiramente, Airton atuou contra o Fortaleza, pela 13ª rodada da Série A.



 
Depois, Matheus Cavichioli retornou de longo período lesionado e jogou contra Flamengo e Goiás, pela 14ª e 15ª rodada do Brasileiro, e diante o Botafogo, pelas oitavas da Copa do Brasil.

"Eu levava (os questionamentos para a diretoria). Levei uma, levei duas e levei três. Como eu falei: peguei minhas e fui embora. Só que, infelizmente, no América, as coisas ruins prevalecem. E eu, por onde passei, fui vitorioso. Aí falaram: 'Ele foi embora porque ficou no banco'. Pô, fiquei minha vida inteira no banco, no Palmeiras", disse.
 
Jailson revelou atrito com jogador do América em entrevista para o Ge. Posteriormente, o Superesportes entrou em contato com o atleta. 
 
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