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JOGOS PAN-AMERICANOS DE LIMA

De origem humilde, Adilson Silva vai em busca das tacadas certeiras no Pan

Gaúcho de 47 anos já venceu mais de 30 torneios em sua carreira profissional

postado em 07/08/2019 07:05 / atualizado em 07/08/2019 16:16

<i>(Foto: Divulgação/CBGolfe)</i>
Quando tinha 17 anos, Adilson José da Silva trabalhava como caddie, aqueles profissionais que carregam as malas e os tacos de golfe dos atletas. Então o rapaz de Santa Cruz do Sul, no Rio Grande do Sul, conheceu o bilionário Andrew Robert Edmondson, praticante da modalidade e um empresário na produção de fumo.

O golfista percebeu o talento do então garoto de origem humilde e, com o consentimento da família, levou Adilson para o Zimbábue, onde morava. Desde então a vida do brasileiro mudou radicalmente e ele começou a ficar cada vez melhor em suas tacadas. Agora, está prestes a estrear nos Jogos Pan-Americanos de Lima, nesta quinta-feira.

"Para mim, representar o Brasil em Lima é uma honra bem grande. Sinto que estou jogando bem no momento, então vou fazer muito esforço pra fazer um bom resultado", comentou Adilson, que gostaria de ser o primeiro golfista brasileiro a conquistar a medalha no Pan. "Sonho em algum dia conquistar uma medalha pelo Brasil e no Pan de Lima vai ser uma oportunidade muito grande", disse.

O gaúcho de 47 anos já venceu mais de 30 torneios em sua trajetória profissional e desde que o golfe entrou no programa olímpico ele disputou o Pan de Toronto, em 2015, e os Jogos do Rio, em 2016. Curiosamente, naquela edição na Barra da Tijuca ele teve como caddie seu mentor Andrew.

Desde que chegou a Lima, ele teve tempo de reconhecer o campo onde será disputado o torneio de golfe e já deu suas primeiras tacadas para se aclimatar. "Não é um campo muito longo, então é necessário ter uma boa precisão em cada tee de saída para ter vantagem", comentou o atleta sobre o Lima Golf Club.

Para o brasileiro, a disputa será enorme. "A competição hoje em dia é grande em todos os torneios, é difícil apontar um ou outro. No Pan teremos diversos profissionais que jogam no PGA Tour LatinoAmérica, e os americanos com amadores de ponta. Mas o golfe é uma modalidade que você só depende do próprio desempenho", avisa.

Com foco em chegar ao pódio, ele já tem sua estratégia pronta e torce para dar certo. "Vou procurar fazer meu jogo e focar no momento, em cada tacada. Às vezes é fácil perder o foco no jogo, porque a atenção está em outras coisa... Então acredito que se eu jogar como sei, posso fazer um bom resultado", garantiu.

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