Se em Chapecó as famílias das vítimas do acidente aéreo na Colômbia choravam as perdas, em Contagem, na Grande BH, os familiares do zagueiro Demerson se sentiram aliviados em saber que ele não havia sido relacionado para o primeiro jogo da final da Copa Sul-Americana. Ainda que tenham ficado consternados pelo desastre, eles agora se preocupam em dar amparo ao ente querido, que sofre bastante desde que ficou sabendo das mortes no desastre próximo a Medellín.
“Conversei com meu irmão por volta das 6h e ele ainda estava um pouco mais calmo, pois ainda tinha esperança de haver mais sobreviventes. Mas quando foi confirmado o número de mortos, ele já nem atendia o telefone direito, ficou extremamente desesperado, passou o dia chorando, pois perdeu muitos amigos. Ele está totalmente abalado, não tem condição de conversar praticamente com ninguém”, explicou Isabella Costa, irmã do defensor de 30 anos e que passou pelas categorias de base de Atlético e América, além dos profissionais de Cruzeiro, Coritiba, Bahia e Paraná, entre outros, antes de chegar à Chapecoense.
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“Também estamos pedindo muito a Deus para confortar o coração dele neste momento difícil e também o coração dos familiares das vítimas. Para nós, que não convivíamos diariamente com os outros jogadores, já é difícil, para ele ainda mais. Ele era muito amigo de todos, tinha uma relação muito boa com os meninos”, disse Isabella.
FAMÍLIA Demerson está voltando de contusão e não viajou a Medellín por opção do técnico Caio Júnior. O comandante preferiu levar Marcelo. Os titulares vinham sendo Neto e Willian Thiego. “O Demerson sempre diz que o atual grupo da Chapecoense é uma família, por isso os resultados estavam sendo obtidos. Ele está muito abalado”, declarou Miderson Eudardo, assessor de imprensa do jogador.