O Timbu estava em desvantagem. Após perder o jogo em Campina Grande, o Náutico foi eliminado da Copa do Nordeste, teve diversos problemas com lesão e ainda perdeu o técnico Márcio Goiano. Apesar disso, os alvirrubros partiram para cima do Campinense em busca do resultado e com um gol do atacante Rafael Oliveira, conseguiram alcançar a classificação para o torneio regional em 2020, na primeira partida com o comando de Gilmar dal Pozzo.
O jogo
Na estreia do técnico Gilmar dal Pozzo, o Náutico entrou em campo pressionado para definir o seu primeiro semestre em 2020. Com a necessidade de reverter o resultado obtido em Campina Grande e com o elenco bastante desfalcado, o treinador promoveu a improvisação de Hereda, na lateral esquerda e a estreia do volante Jhonnatan.
O Náutico pressionou o Campinense desde o apito inicial. O time paraibano pareceu assustado e gerou duas grandes chances ao Timbu antes dos cinco minutos em dois vacilos defensivos. Os alvirrubros, por sua vez, apesar dos desfalques, jogavam com a marcação alta e não permitiam avanços da Raposa.
Depois dos primeiros 10 minutos, o Náutico diminuiu um pouco a pressão e o Campinense começou a colocar o seu jogo de contra-ataque sempre saindo em velocidade com Lucas Lopeu e Warlei. Com o tempo, a Raposa paraibana ajustou a marcação e o jogo perdeu em emoção, com poucas chances para os dois lados.
Buscando aproveitar os contra-ataques, o técnico Francisco Diá acionou o nigeriano Yerien, ex-Salgueiro, para explorar a velocidade nas investidas contra a defesa alvirrubra. Enquanto o Náutico buscou explorar o toque de bola no meio-campo, mas não obteve sucesso para abrir o placar.
Segundo Tempo
Insatisfeito com o desempenho da equipe e precisando da vitória, o técnico Gilmar dal Pozzo já posicionou o Náutico mais a frente com a entrada de Rafael Oliveira na vaga do volante Josa. Apesar disso, a primeira chance de perigo do segundo tempo foi do Campinense. Aos seis, o volante Ferreira se infiltrou na defesa alvirrubra, driblou o goleiro Bruno e finalizou em cima de Hereda.
A resposta do Náutico veio logo adiante. Aos 11, Luiz Henrique cruzou pela direita e achou Odilávio sozinho, na linha da grande área, para cabecear e estufar a rede do goleiro Wagner Coradin. O gol acordou o Timbu, que voltou a promover uma blitz nos entornos da área do time paraibano. As principais escapadas eram protagonizadas por Krobel e Thiago.
Para oxigenar o ataque durante a pressão, Gilmar dal Pozzo acionou Tarcísio Martins e Matheus Carvalho para continuar apertando o time do Campinense, mas sem sucesso. Os lances de maior perigo para o Timbu vinham sempre em bolas paradas laterais cobradas por André Krobel.
E foi desta forma que saiu o gol. Aos 44, o lateral direito do Náutico cobrou falta pela esquerda, o goleiro Wagner tentou cortar, mas não achou e a bola sobrou limpa para Rafael Oliveira, que só escorou para o gol da classificação. O Campinense ainda assustou em chute de longa distância de Gustavo, que foi salvo por Bruno.
Ficha do Jogo
NÁUTICO 2
Bruno; André Krobel, Camutanga, Sueliton e Hereda (Matheus Carvalho); Josa (Rafael Oliveira), Luiz Henrique e Jhonnatan; Thiago, Odilávio (Tarcísio Martins) e Wallace Pernambucano. Técnico: Gilmar dal Pozzo.
CAMPINENSE 0
Wagner Coradin; Gustavo, Henrique Mattos, Richardson e João Victor; Ferreira, Negretti e Gabriel (Yerien); Warlei (Vitor Maranhão), Lopeu e Erivan (Chaveirinho). Técnico: Francisco Diá.
Local: Estádio dos Aflitos
Árbitro: Mayron Frederico dos Reis Novais (MA);
Assistentes: Antonio Fernando de Sousa Santos (MA) e Raphael Max Borges Pereira (MA);
Gols: Odilávio aos 11 e Rafael Oliveira aos 44 do segundo tempo (Náutico)
Cartões amarelos: Camutanga, Thiago, Matheus Carvalho, André Krobel (Náutico); Gustavo, Negretti (Campinense)
Público: 5.583 torcedores
Renda: R$ 18.765