Fluminense segue caminho de cariocas em Brasília

Após a inauguração do remodelado Mané Garrincha em 2013, foi necessária apenas a rodada de abertura do Campeonato Brasileiro daquele ano para que o Santos revelasse ao resto do país o potencial econômico de Brasília quando o assunto é futebol. O confronto reuniu 63.501 pagantes e arrecadou R$ 6,9 milhões. Mas, embora o time paulista tenha estreado a arena candanga, são os clubes do Rio que fazem a festa na cidade — ao todo, mandaram 11 jogos no local desde então. Faltava, porém, um representante para completar o ciclo. Último carioca a sediar uma partida na capital federal, o Fluminense segue a receita de ações de marketing com torcedores do DF adotada pelos conterrâneos.

Hoje, véspera do confronto com o Bahia, no Mané Garrincha, o Fluminense promove o “Tricolor em toda Terra”, com direito a sorteio de brindes oficiais, às 19h, na Galeteria Beira Lago. Na última vez que o time esteve em Brasília, em 17 de agosto, um evento semelhante angariou 35 novos sócios.

As ações dos clubes costumam incluir, ainda, palestras de profissionais do time, a vinda de um ídolo, noite de autógrafos de ex-jogadores ou a oportunidade de chegar perto de uma taça. “Um mix de atividades para atrair o torcedor”, resume o diretor de Marketing e Arenas do Fluminense, Rodrigo Terra.

Mas o segredo, na verdade, está no estande de associação para novos sócios, sempre a postos ao lado dos ídolos e, em geral, com promoções para o jogo a ser realizado na cidade. “Existe uma vontade e até uma necessidade dos torcedores que moram fora do Rio de estarem próximos ao clube”, explica Terra. Daí, segundo o dirigente, foi um passo para os “times perceberem a oportunidade de aumentar o número de torcedores e o valor da marca pela proximidade do clube com a nossa torcida”.

Com base nessa receita, o Botafogo tornou-se o mais recente carioca a lucrar com Brasília. Mandou dois jogos em menos de um mês na cidade. O saldo dentro de campo foi uma vitória sobre o Fluminense e uma derrota para o São Paulo. Em termos financeiros, porém, o alvinegro não tem do que reclamar. Levou R$ 1.110.860 para os cofres, 26,6% do total da renda bruta das partidas. E os ganhos não se limitaram à arrecadação nas bilheterias. Entre os dois jogos, o clube de General Severiano teve um aumentou de cerca de 104% de sócios na cidade, de acordo com o coordenador de Projetos do clube, Caio Araújo.

Os estádios construídos visando o Mundial da Fifa contribuíram para que os clubes ultrapassassem as fronteiras de seus estados. “Havia uma demanda de praças esportivas de qualidade antes da Copa — as novas arenas — e o Mané se enquadra nelas. Elas trazem uma série de facilidades estruturais que o torcedor valoriza e que dá confiança ao clube de levar um jogo para lá”, justifica Caio Araújo.

A agenda do tricolor carioca

O Fluminense treina hoje de manhã no Rio de Janeiro. À tarde, embarca para Brasília. A chegada à capital federal deve ocorrer por volta das 17h. O tricolor não treinará na cidade. O Bahia não divulgou informações sobre sua agenda no DF.

Programe-se
Fluminense x Bahia
Local: Mané Garrincha
Dia: amanhã, às 16h20

Ingressos
Cadeira VIP: R$ 180 (inteira)
e R$ 90 (meia-entrada)
Cadeira inferior: R$ 140 (inteira)
e R$ 70 (meia-entrada)

Pontos de venda físicos
(apenas dinheiro)
*Bilheteria Digital
Shopping Pátio Brasil
*Torcedor Futebol Clube: CLSW 304, Bloco C, Loja 26 (Sudoeste)
*Só Tricolor 309 Sul
*Grandes Torcidas: CLS 308,
Bloco A, Lojas 22/26 (Asa Sul)
*Loja do Torcedor: QSA 24, Lote 12, Loja 04 — Taguatinga Sul
*Futebol Arte: QS 06, Conjunto 3 — Riacho Fundo I

Obs.: no dia da partida, os ingressos só serão vendidos nas bilheterias temporárias montadas no entorno do estádio
Venda pela internet (aceita cartão): www.bilheteriadigital.com