Mas vou contar um segredo a todos que estão a jogar contra a nossa eterna paixão pelo Time do Povo: Não adianta nada! Somos Cruzeiro e estamos unidos para trazer um resultado positivo - a qualquer custo – e dar o primeiro passo para nossa classificação à final de mais uma Copa Brasil dentro da Toca da Raposa 3 (ex-Mineirão).
Será sim em resposta ao Tite, para cima do mini-sapatênis número 32 do pequeno da FMF/CBF, em homenagem ao sofazón, contra a violência do Felipe Melo, os dribles serelepes de Dudu e a arrogância do Felipão. Mas principalmente pela alegria de ser Cruzeiro. A beleza de torcer por um clube repleto de conquistas e representante de um futebol arte, do toque de bola, do jogo limpo. Nascido para presentear seus seguidores com uma história de felicidades conquistadas com muito trabalho e bola bem jogada.
Nada para nós é fácil, mas nunca abandonamos a alegria. Cultuar sofrimento é para quem não ganha nada ou para os adeptos do sadomasoquismo. Somos Cruzeiro e por nunca na história termos nos beneficiado de apito-amigo ou benesses e falcatruas políticas dentro da CBF, governos e prefeituras, sabemos a lisura da nossa grandeza. Temos consciência de que tudo podemos sem ferir nosso caráter. Por isso, hoje, logo mais, vamos trazer um resultado importante do campo do Palmeiras!
Será na alegria!
Será pela felicidade da volta do Fred aos gramados. Um goleador que reforçou o clima de família do nosso elenco desde a pré-temporada. O joelho não o deixou ainda reencontrar o caminho do “artilheiro mesmo”, mas a classificação sobre o Palmeiras é o primeiro passo para o tão sonhado gol de Dom Fredon na final de uma das duas copas que iremos conquistar neste ano. Será pela volta da euforia da década de 1990 e início do século XXI, quando Cruzeiro e Palmeiras paravam o país para assistir seus embates pela Copa do Brasil ou pela Copa Libertadores. Como não lembrar do coração disparado na escola, no trabalho e no trânsito das quartas-feiras. Todos a esperar a noite cair para iniciar a procissão azul rumo ao Gigante da Pampulha. Os sorrisos estampados nos rostos para ver o manto sagrado entrar em campo para enfrentar – e vencer - o time milionário da Parmalat.
Será pela união do nosso escrete com os vikings azuis. O bater de palmas ritmado a ecoar em breves silêncios.
Será pelo nosso voto de confiança na frieza tática de nosso treinador, que já nos provou o quanto pode ser eficiente (mesmo que chato) seu esquema tático preparado para defender bem e controlar as oportunidades do jogo.
Será, com muito orgulho, no Manobol!
Vamos empurrar o Cruzeirão Cabuloso a todo instante. Seremos todos Dedés a segurar o ímpeto do excelente time do Palmeiras. Aguentar firme até o momento no qual surgirá aquele contra-ataque perfeito. De Robinho para o Thiago Neves. Do TN30 para Arrascaeta estufar as redes de um estádio em completo silêncio e emanando silenciosamente um pensamento uníssono: De novo esse Cruzeiro...
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