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COLUNA DO JAECI

Um pra cá, dois pra lá

Carlinhos Neves viajará à Europa ainda este mês para uma reciclagem com os preparadores do Chelsea e do Real Madrid

postado em 06/12/2014 11:00 / atualizado em 06/12/2014 14:24

Jaeci Carvalho /Estado de Minas

Rodolfo Buhrer
O argentino Lucas Pratto, de 26 anos, do Vélez Sarsfield, é o atacante que está acertando com o Atlético para 2015. Ele é cobiçado também por Flamengo e Cruzeiro, mas o diretor de futebol do Galo, Eduardo Maluf, que já encaminhou proposta, assegura que o jogador está inclinado a vestir a camisa alvinegra. Artilheiro do Campeonato Argentino com 11 gols, ao lado de Maxi Rodríguez (Newell’s Old Boys) e Silvio Romero (Lanús), ele acha que chegou o momento de fazer a independência financeira.

Pratto viria para substituir Guilherme, que não faz parte dos planos do técnico Levir Culpi e pode ir parar no Palmeiras. O armador e atacante ganha R$ 220 mil mensais e quer R$ 350 mil para renovar contrato. Mas, como atuou pouco desde que chegou ao clube em 2011, apesar da qualidade técnica, representou prejuízo financeiro, da ordem de R$ 16 milhões. Dentro desse movimento de entradas e saídas no Atlético, outro com os dias contados no clube é Réver, o capitão do título da Libertadores de 2013. O mesmo Palmeiras já demonstrou interesse no zagueiro, e Levir não faz a menor força para tê-lo no grupo.

Igualmente de saída, o preparador físico Carlinhos Neves garantiu a este colunista, no jantar que o Atlético ofereceu à imprensa na quinta-feira, que não recebeu nenhuma proposta do Shandong Luneng, clube de Cuca, mas, como o treinador tem insistido em levá-lo, se os chineses lhe fizerem a oferta, dificilmente ela será recusada. O ex-técnico do Galo fatura cerca de R$ 1,5 milhão mensal, e Neves só aceitaria discutir a partir de um terço disso. Ele viajará à Europa ainda este mês para uma reciclagem com os preparadores do Chelsea e do Real Madrid. Depois, se não tiver nenhuma proposta, ficará cuidando do seu bar em Curitiba.

Tempos de calmaria

Já cobri eleições no Atlético desde que vim para BH, há 28 anos, mas a de agora foi a primeira em que vi o Conselho Deliberativo fechado em torno de um nome. O clube era um caminhão carregado de combustível pronto para explodir. Sofreu com gestões fraudulentas, outras ruins, algumas péssimas. Por isso, é legal ver o Galo unido, coeso e sem dissidência. Até mesmo quem não gosta de Alexandre Kalil como pessoa votou no sucessor, Daniel Nepomuceno, por entender que o time vive o melhor momento de sua centenária história. O alvinegro entrou num caminho sem volta. Se antes a bola batia na trave e saía, hoje ela morre no fundo da rede. O clube está organizado e em calmaria. O time vai começar 2015, encorpado, com bela base e jogadores de qualidade.

Todos colaboraram, até quem não faz parte da diretoria. Por exemplo, Marcelo Patrus, filho do já falecido presidente do Conselho Deliberativo, Marum Patrus, foi o primeiro a receber a notícia de que Victor estava contratado, em 2012. Kalil ligou para ele e disse: “Seu chato, se é goleiro que vocês querem, contratei o melhor do Brasil, Victor.” E não é que o camisa 1 é um dos grandes responsáveis pela fase de ouro? Não fosse aquela defesa no pênalti cobrado pelo colombiano Riascos, do Tijuana... Marcelo vivia cornetando que o Galo, para ser novamente vencedor, precisava de um grande goleiro.

O Galo de hoje é forte, vencedor e respeitado, com tudo para estender por bom tempo a sua fase de conquistas.

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