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COLUNA DO JAECI

Neymar no PSG será protagonista?

Se até aqui era garçom de Messi, agora terá seus súditos trabalhando para ele, que deverá ser o grande maestro do time francês

postado em 03/08/2017 12:00 / atualizado em 03/08/2017 08:58

AFO

RIO DE JANEIRO – Neymar é do PSG. Não há mais dúvida nenhuma. Sempre pedi que o craque brasileiro se tornasse protagonista em uma equipe de ponta da Europa, pois no Barcelona ele iria morrer como coadjuvante de Messi. Todo grande craque precisa carregar o time nas costas e mostrar seu valor. Foi assim com o próprio Messi, com Cristiano Ronaldo, e espero que seja também com Neymar. Não sei se o PSG terá time e grupo para que ele seja o dono da cia. Acredito que ele se daria melhor no Bayern de Munique, no Manchester United ou na Juventus, por exemplo. Mas o desafio no PSG será importante para que esse garoto se transforme num homem e conquiste sua primeira bola de ouro. Se até aqui era garçom de Messi, agora terá seus súditos trabalhando para ele, que deverá ser o grande maestro do time francês. Não coloco Neymar no nível de Cristiano Ronaldo e Messi justamente por ele não ter ganho uma Champions sozinho. Ganhou em 2015, tendo Messi como o dono do time. E para um jogador se consagrar, definitivamente, é preciso ter esse papel.

Sei que Ronaldo Fenômeno e Romário não ganharam a Champions, mas eles provaram na Seleção Brasileira a genialidade que lhes era peculiar. Neymar vai precisar ganhar a Copa da Rússia para ser considerado o melhor do mundo. Ou uma Champions pelo PSG. Acho Neymar um craque, mas ele ainda terá tempo para amadurecer, para mostrar ao mundo do que é capaz. No Barça, Messi o ocultava como um eclipse lunar. Neymar jamais seria reconhecido por lá, embora já gozasse de grande prestígio. Mas uma estrela de uma companhia deve brilhar sozinha. Se lá, ele e os outros jogadores trabalhavam para Messi, no PSG ele será a estrela que brilha. Lá, todos terão de jogar para ele. O valor da negociação, mais de R$ 800 milhões, mostram que quem está chegando ao time francês não é qualquer um. Temo que Neymar não consiga ser protagonista. Esta é a minha grande dúvida.

Messi provou no Barcelona. Cristiano Ronaldo, no Manchester United e no Real Madrid. Claro que o futebol é coletivo, mas, no futebol, temos o jargão de dizer que o cara ganhou sozinho. Espero, de verdade, que Neymar seja o dono do PSG, que o príncipe catariano não tenha jogado parte de sua fortuna fora ao apostar nele. Gosto desse garoto por vê-lo sempre centrado, educado e com futebol de gente grande. Já escrevi várias vezes que seu pai, que muitos criticam, é o cara que está ao seu lado para o que der e vier, orientando-o de forma muito positiva. E que Neymar faça uma grande temporada no PSG e chegue ao Mundial da Rússia voando baixo para nos ajudar a conquistar o hexa. Ele é protagonista da Seleção Brasileira, embora, com Tite, tenha aprendido a ser mais coletivo. Porém, é nosso único craque, nossa esperança maior de conquista, e vou torcer muito para que ele transforme o PSG num gigante europeu em termos de conquistas. E quando falamos em conquistas, é claro que a Liga dos Campeões da Europa é a grande referência.


Repercussão

Impressionante a repercussão da coluna de ontem, na qual antecipei todos os detalhes do que o presidente Daniel Nepomuceno vai mostrar aos conselheiros para a aprovação da Arena do Galo. Recebi milhares de mensagens em minhas redes sociais e agradeço a todos. É a força do Estado de Minas. Não tenho a menor dúvida de que a construção do estádio será a redenção do clube, que continuará sua trajetória vitoriosa em busca dos títulos. Ter sua própria casa é fundamental para que uma equipe se torne independente financeiramente e, pelo que mostrei, o Atlético será dono de 100% da arena. Que o Conselho diga sim e aprove o início da obra para que, no máximo em três anos, o Atlético se iguale aos maiores times do mundo, jogando em seu próprio terreiro.


Almoço

Estive na CBF ontem e tive a oportunidade de almoçar com o presidente Marco Polo del Nero e outros dirigentes. Conosco, à mesa, o técnico da Seleção Brasileira, Tite, e o diretor de seleções, Edu Gaspar.

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