None

COLUNA DO JAECI

Que os bons ventos soprem para os lados do Galo

Oswaldo de Oliveira é vitorioso e soube agregar um grupo que parecia ruído

postado em 29/11/2017 12:00 / atualizado em 29/11/2017 09:35


O Atlético tem remotas chances de chegar à Libertadores em 2018. Para isso, tem que vencer seu último jogo pelo Brasileiro e torcer para que chova em Lima, neve em Caruaru e que o Papa vire muçulmano. Brincadeiras à parte, isso é só para ilustrar o quanto é ruim depender dos outros para atingir um objetivo. Tivesse sido um pouco mais competente e errado menos, já teria confirmado a vaga. Não sou de chorar o leite derramado. Estamos nesta vida para perder e ganhar e, como digo aos meus filhos, a vida é mais perda do que vitórias. O que o Galo tem de fazer na gestão de Sérgio Sette Câmara, que deverá ser eleito no dia 11, é pensar pra frente, vislumbrar um horizonte mais ameno e menos turbulento. Isso passa por um planejamento eficiente, que será traçado por Bebeto de Freitas, craque em tudo o que faz; Alexandre Gallo, novo diretor de futebol – aliás, muito bem escolhido, pois Gallo é uma figura humana ímpar e competente ao extremo –; e por Oswaldo de Oliveira, confirmado como técnico para 2018 por esta coluna.

Oswaldo é vitorioso e soube agregar um grupo que parecia ruído. Com ele começando o trabalho, há a certeza de boa temporada. Olhem o que está jogando Otero. Só pode ser trabalho do Oswaldo! O venezuelano mudou da água para o vinho, com jogos brilhantes e gols antológicos. Domingo, contra o Corinthians, o goleiro Cássio nem saiu na foto. Está procurando onde a bola entrou até agora. Recuperou também Robinho, que voltou a atuar bem. É preciso, porém, que o atacante resolva sua pendência com a Justiça italiana. Está condenado a nove anos de cadeia, e isso não é brincadeira. É ruim para a imagem dele e para a do clube. Robinho tem que dar uma satisfação ao torcedor e à sociedade. Condenação por estupro coletivo é uma barbaridade. É um crime hediondo e não consigo conceber um atleta com uma condenação dessas jogar tranquilamente. Ele precisa provar sua inocência. Como escrevi domingo, conheço Robinho há anos e acho difícil que ele tenha cometido um crime brutal desses. Que ele e seus advogados provem que é um equívoco e que defenda o Galo com a lisura e transparência que um profissional deve ter. É inadmissível um clube ter um jogador condenado por estupro!

No mais, é a comissão técnica e o novo diretor de futebol fazerem uma barca e mandar embora os “comem-e-dormem”, os “chinelinhos” e todos os que dão prejuízo ao clube. O Atlético deve funcionar como uma empresa, com deveres e direitos a cumprir, e onde só trabalhe quem justifique o custo-benefício. Tem jogador que não passa no exame médico de clube nenhum, e acho que o Atlético não deve manter um atleta nessas condições. Jogar um terço das partidas no ano é um prejuízo tremendo, ainda mais no futebol de hoje, em que qualquer jogadorzinho ganha mais de R$ 200 mil. O Atlético precisa repensar muitas coisas para voltar a levantar taças. Muito bem-acostumado pelo maior presidente de sua história, Alexandre Kalil, o torcedor gostou de gritar “é campeão” e está doido para fazê-lo novamente. Ao futuro presidente, Sérgio Sette Câmara, uma sugestão, já que conselho não dou, pois, como diz o ditado, se fosse bom a gente venderia: meu caro Sérgio, aconselhe-se sempre com Kalil. Ele sabe gerir um clube como poucos. Não abra mão de tê-lo como consultor, pois vai te ajudar a marcar seu nome na história do Galo. Boa sorte, meu caro. A paixão que você tem pelo clube é do tamanho dos seus sonhos, tenho a certeza de que seu maior sonho é ver seu clube erguendo taças e mais taças.

Cuidado

O Grêmio está a um empate do tri da Libertadores, mas deve tomar todo o cuidado nesta noite, no campo do Lanús, em Buenos Aires. Foi lá que os jogadores e dirigentes daquele time usaram violência e agrediram jogadores do Galo e o técnico Emerson Leão numa decisão da Copa Conmebol. Os argentinos não sabem perder e partem para a agressão assim que percebem que o caldo entornou. Que os gremistas não aceitem provocações e entrem determinados a apenas jogar futebol. O Grêmio tem mais time e mais tradição. Que a arbitragem seja isenta, apite tudo o que enxergar. O que queremos no futebol é lisura e bola na rede. Vou torcer pelo Grêmio como nunca. Gosto do time gaúcho e do meu amigo, Renato, que deixou escapar o título em 2008, contra a LDU, no Maracanã. Quem sabe o destino reservou para ele esta conquista, justamente em território argentino?

Tags: atleticomg