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COLUNA DO JAECI

O presente para Gropen foi a goleada com bom futebol

Houve evolução, não tenho a menor dúvida. Se o Atlético for à Paraíba enfrentar o Botafogo-PB com a disposição e qualidade de ontem, voltará classificado à próxima fase da Copa do Brasil

postado em 19/02/2018 12:00 / atualizado em 19/02/2018 08:22

ALEXANDRE GUZANSHE / EM DA PRESS

O presidente Sérgio Sette Câmara acordou cedo, ligou para o presidente do Conselho do Atlético, o renomado jurista doutor Rodolfo Gropen, e lhe disse: “Vamos te dar de presente de aniversário uma bela vitória esta tarde”. Gropen completou 53 anos ontem. A promessa do presidente foi cumprida com a melhor exibição do Atlético no ano, com uma goleada sobre o América, 3 a 0, e com um futebol que, se não é o esperado, mostra que é possível evoluir com os garotos mesclados aos jovens e muita disposição tática. A qualidade também foi notada, principalmente nos pés de Róger Guedes, que jogou muito, Otero, que ontem foi excelente, e do jovem argentino Tomás Andrade, que em pouco tempo em campo mostrou muita, mas muita qualidade. Adílson deu a proteção necessária aos zagueiros. Patric, na direita, foi eficiente e muito melhor que o lateral-direito anterior. O novo técnico, interino ou não, Thiago Larghi, pôs no banco Arouca, bancou um time mais ofensivo e com velocidade e se deu bem. Claro que foi sua segunda partida comandando o Galo, mas que houve evolução, não tenho a menor dúvida. Se o Atlético for à Paraíba enfrentar o Botafogo-PB com a disposição e qualidade de ontem, voltará classificado à próxima fase da Copa do Brasil. É o que eu disse, meu caro torcedor alvinegro. Ter uma diretoria séria, que não faz trapaça e não contrata técnico empregado, é um belo caminho para que tudo dê certo. E apostar nos jovens treinadores, assim como na base, são soluções que deveriam contagiar os dirigentes de Norte a Sul do país. Afinal, os grandes times que conhecemos sempre foram formados por garotos oriundos da base. O Galo venceu, convenceu e me agradou. Espero que melhore ainda mais, para sonhar com conquistas.

Não foi um grande jogo no primeiro tempo. Os goleiros pouco trabalharam. Porém, já no fim do primeiro tempo, o Atlético apresentou seu cartão de visitas com um belo chute de Róger Guedes, que o goleiro americano defendeu. Erik também o obrigou a fazer outra boa defesa, até que numa triangulação pelo alto a bola sobrou para Róger Guedes, que, debaixo do gol, cabeceou. O goleiro americano, dentro da meta, espalmou, mas o bandeira Guilherme Dias Camilo deu o gol: 1 a 0 Galo. Não há como negar que o Atlético merecia. Gostei do que vi do Galo com o técnico interino Thiago Larghi. A disposição dos jogadores era outra. Ele armou o time com Adílson, Elias e Otero. Na frente, Róger Guedes, Ricardo Oliveira e Erik. Gostei da movimentação deles. Claro que o Galo está longe do que o seu torcedor deseja. Mas uma equipe em transição passa por isso mesmo.

Quando Alexandre Kalil, o eterno presidente e mais vencedor, assumiu o clube, levou para lá gente de bem, “remunerada pela paixão”, como diz o doutor Rodolfo Gropen, presidente do Conselho Deliberativo. Todos com a missão de manter o Atlético equilibrado e sério, sem deixar que a aves de mau agouro se aproximem. E, tenham certeza, essa equipe – Sérgio Sette, Lásaro Cunha e Rodolfo Gropen são os que ficaram – não vai deixar o clube voltar aos tempos do ostracismo. Se o preço a pagar for o de não conquistar taças nesta temporada, que seja. O Atlético do novo presidente tem a ideia de resgatar a tradição da base, de revelar jogadores e investir neles.

Goleada

No segundo tempo, houve um lance parecido com o gol do Galo, quando o atacante americano tocou para o gol. Gabriel salvou lá dentro, mas desta vez o bandeira Guilherme Dias Camilo não validou. Ele errou. Mas era nítida a superioridade do Galo na etapa final. O time jogava bola, queria mais gols, se aplicava. A velocidade e a juventude prevaleciam. Foi assim que Róger Guedes recebeu na direita, entrou na área e chutou forte e rasteiro. Norberto tentou cortar e tocou para o fundo do gol: 2 a 0. O técnico Thiago pôs em campo o argentino Tomás Andrade. Em duas belas jogadas ele fez o torcedor ficar entusiasmado. Lançamentos perfeitos, passes importantes e muita qualidade no domínio da bola. Ele parece ser diferente. Mas terei calma em avaliar. Foi dele o lançamento perfeito para Ricardo Oliveira fuzilar e fechar o placar com uma bela goleada: Galo 3 a 0 e uma torcida mais esperançosa de dias melhores.

Líder

O Cruzeiro continua líder com folga, um futebol forte e convincente, que motiva a China Azul para a Libertadores. Fred fez apenas um gol em sete jogos. O técnico Mano Menezes justifica, dizendo que ele tem participado ativamente das partidas. Porém, se um centroavante é contratado para fazer gols e não os faz, deve ter algo errado. Tomara que ele desencante na Libertadores e ajude o Cruzeiro a chegar à decisão da taça. Somente isso justificará o investimento altíssimo feito no atleta. O time azul, no geral, porém, é um dos mais fortes do país. Resta saber se vai confirmar isso na Libertadores, Copa do Brasil e Brasileiro. Competições que realmente valem.

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