None

COLUNA DO JAECI

Galo ineficiente contra o Cruzeiro reserva

postado em 17/09/2018 12:00 / atualizado em 17/09/2018 10:03

BRUNO CANTINI / ATLÉTICO

O repórter Elton Novais perguntou a Ricardo Oliveira “se não era preocupante o Atlético empatar com os reservas do Cruzeiro”. Oliveira, que não deu um chute a gol, rebateu dizendo que “era preciso respeito com os jogadores do time alternativo do Cruzeiro”. Meu caro Ricardo, me desculpe, mas a obrigação de ganhar era do Galo, que estava com o time inteiro, completo, e não teve competência para tal. O empate de 0 a 0 saiu até de bom tamanho, graças ao goleiro Victor, pois, no segundo tempo, o Cruzeiro foi muito melhor. Encarar a realidade é muito melhor. Parabéns ao repórter, que enxergou o jogo direitinho e fez belíssima pergunta. O problema dos jogadores é que eles só gostam de confetes. Como a maioria da imprensa adora jogar confetes, fica tudo bem. Quando alguém faz uma pergunta inteligente, os jogadores vêm com sete pedras nas mãos.

Desinteressado pelo Brasileirão, o Cruzeiro se deu ao luxo de entrar com o time todo reserva no clássico de ontem, como já era previsto. O Galo, que ainda sonha com o título e vaga na Libertadores do ano que vem, entrou com força máxima. São realidades diferentes. O time azul tem interesse na Copa do Brasil, na qual está com um pé na final, e na Libertadores, na qual vai enfrentar o Boca na próxima quarta-feira. Mesmo em sua casa, a “Toca 3” como dizem os torcedores cruzeirenses, o time de Mano Menezes jogou para o gasto. E foi ótimo para testar seus reservas. Ainda perdeu Mancuello, que eu disse que não era jogador para o Cruzeiro. Sobis, que consegue ser reserva do reserva, entrou e quase marcou um gol em chute da entrada da área, que Victor segurou firme. O Galo também perdeu um gol feito, com Luan, que se abaixou para cabecear, diante de Rafael, mas o discípulo de Fábio fez excepcional defesa. Foi o que de melhor ocorreu no primeiro tempo. Confesso que esperava mais do Galo, justamente pelo fato de estar focado e com o time titular, mas o alvinegro deixou a desejar.

Raposa melhor

E no segundo tempo, Marcelo Hermes quase abriu para o Cruzeiro: chutou de fora da área uma bomba, que Victor espalmou para escanteio. O Galo não jogava bem, Cazares mais parecia aquele foguete molhado e os lampejos de craque não apareciam. O Galo parecia aquele carro com o freio de mão puxado. Como Larghi é bom técnico, mas não sabe mexer no time e não tem, ainda, uma visão clara do jogo, não mexeu no intervalo. Deveria. Ele tirou Luan e pôs Edinho. Gente, quem inventou esse jogador? Absolutamente medíocre e fraco. Quase proporcionou um gol a Sassá, após perder bola no meio-campo. O Galo fez uma de suas piores partidas, e, não há como negar, que enfrentou o Cruzeiro B, isso é fato. O Galo não teve imaginação, criatividade, qualidade. Cazares não aparece quando deve. A bola não chegou a Ricardo Oliveira. Realmente, não dá para o atleticano sonhar com a taça. Dirão que é clássico e que em clássico não tem favorito. Tem sim. O Galo era o favorito ontem, pois tinha sua força máxima.

Já o Cruzeiro, preocupado apenas com o Boca, pela Libertadores, quarta-feira, entrou para cumprir tabela. Gosto do trabalho de Thiago Larghi, a quem elogiei várias vezes, mas, se o Atlético quer pensar em taças, que faça um acordo com Abel Braga desde já, para que ele comece a treinar o time na próxima temporada. Larghi deve agradecer ao Galo pela oportunidade e dirigir uma outra equipe no futebol brasileiro para, quem sabe, voltar um dia mais maduro e tarimbado. Não é culpa dele e, sim,da inexperiência. Vai se tornar um grande técnico, mas isso demanda tempo. E, repito, já o elogiei várias vezes por sua postura e caráter. Mas, assim como Maurício Barbieri, Zé Ricardo, Jair Ventura e outros, ainda é muito jovem para conquistar taças. Vai chegar lá e o Atlético abriu uma porta enorme para ele. O empate acabou sendo bom para o Cruzeiro, que fatura mais um ponto, e péssimo para o Galo, que perde dois, pois, atuando contra o time B do Cruzeiro, sendo clássico ou não, tinha a obrigação de vencer.

A banda toca diferente

Na Itália, a banda toca diferente da Espanha. Cristiano Ronaldo, melhor do mundo, conseguiu marcar seus dois primeiros gols no Campeonato Italiano depois de três rodadas. Se fosse na Espanha, já estaria com 10 gols. Os campeonatos Espanhol e Francês são fraquíssimos, por isso muito jogador brasileiro se dá bem nesses dois países. Na Itália, com defesas e defensores seguros, a história é outra.

Hamilton

Perto do quinto título mundial, depois da vitória em Cingapura, Lewis Hamilton mostra que é o grande nome da F-1 atualmente. Seu objetivo é quebrar o recorde de Schumacher, que é heptacampeão mundial. O inglês deverá chegar à sua quinta conquista nesta temporada.

Tags: clássico atleticomg cruzeiroec jaeci