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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro na final em busca do hexa: que venha o Timão

E nem mesmo os oito minutos de acréscimos que o árbitro deu foram capazes de tirar o Cruzeiro da final

postado em 27/09/2018 12:00 / atualizado em 27/09/2018 10:23

Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press
Foi na raça, no grito da torcida, no empenho dos jogadores e no gol de Barcos (foto). Nem mesmo o de Felipe Melo, empatando a partida, tirou do Cruzeiro o direito de disputar mais uma final da Copa do Brasil, em busca do bi, consecutivo, e do hexa da competição. Não foi um grande jogo, mas decisão é assim. Os jogadores protagonizaram um espetáculo vexatório depois do apito do árbitro, brigando em campo. Sassá foi expulso. Os torcedores palmeirense também aprontaram e foram contidos pela Polícia Militar. O que vale mesmo é que o Cruzeiro está na finalíssima e vai enfrentar o Corinthians, que bateu o Flamengo por 2 a 1, no Itaquerão.

Conforme eu antecipei na coluna de ontem, o jogo seria disputado de uma intermediária à outra. Muita marcação, poucos espaços e ataques inoperantes. O Cruzeiro tinha sua melhor arma: a marcação forte no meio-campo e em sua dupla de zaga. Egídio se resguardava mais e só ia ao ataque na boa. O Palmeiras, mesmo em desvantagem, pois perdera o jogo de ida, não arriscava muito. Trabalhava a bola, virava o jogo de um lado para o outro, tentando achar uma brecha. Fábio e Weverton eram dois “espectadores” privilegiados, até que aos 26min, em lançamento para Barcos, o Cruzeiro pegou a zaga palmeirense desprevenida. O atacante driblou Weverton e, sem ângulo, tocou para o fundo das redes. Cruzeiro 1 a 0. Antes do jogo de ida eu disse que talvez Barcos, o artilheiro que não faz gols, estivesse guardando esses gols para os jogos decisivos da Copa do Brasil. E, pelo jeito, foi isso mesmo. Marcou no Allianz Parque e marcou ontem também. Eu teria optado por Raniel, porém, o técnico é Mano Menezes, e, pelo gol de Barcos, ele estava certo. Nem assim o Palmeiras acordou. Continuou com seu jogo burocrático, sem inspiração. Entretanto, numa bola pela esquerda, Willian driblou e tocou para Moisés. Ele soltou a bomba, mas aí apareceu o melhor goleiro do Brasil e fez uma espetacular defesa. Foi a única de Fábio no primeiro tempo. Weverton, a rigor, não fez nenhuma, mas levou o gol que deu a vitória parcial ao time azul. Se a vantagem já era boa com 1 a 0, ela aumentou significativamente, já que, para avançar, o Palmeiras precisava, no mínimo, de dois gols para levar a decisão para as penalidades. Ou três para avançar direto. Contra uma das melhores defesas do país, essa era uma tarefa ingrata. Felipão parece não dar sorte mesmo no Mineirão. Mas, pelo menos ontem, ele não levou de 7.

Empate

Logo aos 4min do segundo tempo, escanteio para o Palmeiras, Felipe Melo subiu mais que Dedé e cabeceou forte, sem chances para Fábio. 1 a 1. O improvável acontece no futebol. Há tempos não vejo o Dedé falhar no tempo de bola e no posicionamento. O segundo tempo foi muito melhor. Os goleiros trabalharam mais e Fábio fez uma grande defesa, em chute de Willian, que desviou em Romero e quase entrou. Weverton fez uma defesa sensacional, em chute de fora da área de Egídio. O Cruzeiro não estava bem em seu melhor fundamento: a bola aérea. O Palmeiras se aproveitava disso, para assustar. Porém, o time mineiro fez duas alterações que ajeitaram a casa. As entradas de Sassá e Bruno Silva deram outro ritmo ao time mineiro, que teve a chance de definir a partida, mas errou nos contra-ataques. O tempo era o maior inimigo do time paulista. E nem mesmo os oito minutos de acréscimos que o árbitro deu foram capazes de tirar o Cruzeiro da final. O atual campeão da Copa do Brasil vai em busca do bi, consecutivo, e do hexacampeonato da Copa do Brasil. O adversário será o Corinthians, que venceu o Flamengo por 2 a 1, no Itaquerão. Felipão, mais uma vez, morreu na Lagoa da Pampulha. Dessa vez, com um empate e não com os 7 a 1. O registro ruim da grande decisão foi a briga generalizada entre os jogadores e nas arquibancadas, com a torcida do Palmeiras. Uma vergonha de quem não sabe perder e não tem espírito esportivo. Essas imagens sujam o futebol e colocam o espetáculo em segundo plano. Deu Cruzeiro.! O time com mais títulos em Minas Gerais vai em busca de mais taças para a sua galeria. A suspensão pelo cartão vermelho que Dedé levou contra o Boca foi anulada pela Conmebol e ele poderá atuar contra o Boca, quinta-feira que vem, no Mineirão. Grande notícia!

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