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COLUNA DO JAECI

Cruzeiro, o melhor time do Brasil

'Tem mais time, mais grupo, mais banco e mais técnico que a maioria'

postado em 22/04/2019 12:00

<i>(Foto: Alexandre Guzanshe/EM/D.A Press)</i>
Bicampeão mineiro, o Cruzeiro não foi a melhor equipe na primeira fase porque disputou vários jogos com o time reserva – que é melhor do que muitas equipes do país. Tem mais time, mais grupo, mais banco e mais técnico que a maioria. Mesmo com tudo isso, não fez dois grandes jogos nas finais, e o Atlético o encarou de igual para igual, mesmo tendo um time inferior. Porém, quando você olha do lado azul e vê o maior goleiro do Brasil, Fábio; o melhor zagueiro, Dedé; um volante com a qualidade de Henrique e um armador como Rodriguinho, você percebe que o Cruzeiro é candidato a todos os títulos que disputar. Se vai ganhar ou não, é outra história, mas que tem condições, isso tem!

O Atlético não fez feio. Não vou entrar no mérito do árbitro de vídeo (VAR). Acho que os árbitros brasileiros estão se equivocando demais, não tomam mais decisão em campo. A todo lance na área, param o jogo e pedem o auxílio do VAR. Não pode ser assim. Perdemos muito tempo com tais consultas. É preciso padronização ou então que voltemos ao passado, onde só valia a decisão do árbitro de campo. Usar a tecnologia tem que ser com inteligência e coerência.

O Cruzeiro se dá ao luxo de ter Thiago Neves no banco. Qual time no Brasil não gostaria de tê-lo como seu camisa 10? A diretoria é arrojada e busca jogadores no mundo. Pedro Rocha foi excelente contratação e vai ser titular em breve. Revelado pelo Grêmio, ele foi mal no Leste Europeu, mas cairá como uma luva neste time engrenado. Quando se quer ganhar tudo, é preciso ter o que o Cruzeiro tem: grupo forte. Não interessa se está devendo meio bilhão de reais, conforme matéria publicada por um site. A parte financeira tem que ser resolvida pela diretoria, e o empréstimo de R$ 300 milhões, aprovado pelo conselho do clube, deverá amenizar a situação. O Cruzeiro pensa em taças porque é assim que a torcida pensa. Os clubes brasileiros sempre contraíram dívidas. Até que se transformem em empresas será assim. O torcedor quer ver grandes times, bola na rede e taças na sede. O resto é balela. Claro que o presidente tem que ter preocupação com as finanças, mas isso é com ele e não com os torcedores. Cada um sabe onde seu calo aperta.

Já o Atlético precisa repensar seu time. Está no nível de outras 15 equipes do Brasil, mas é preciso eliminar jogadores marqueteiros, que correm como barata-tonta, sem objetividade. Que dão carrinho com a bola saindo, para fazer média com o torcedor. Um time que tem em Luan seu ídolo realmente não pode e não vai chegar a lugar algum. É um jogador medíocre, que ganha uma fortuna para fazer média com a torcida. E o torcedor, carente, cai na onda dele. O Atlético precisa recuperar os jogadores que têm qualidade e buscar no mercado algumas opções. Não adianta entrar nas competições para figurar. Vejam o prejuízo que Levir Culpi deu ao clube: está praticamente eliminado da Copa Libertadores e, com este grupo, não vai brigar por títulos como Copa do Brasil e Brasileiro. Não acredito. O problema é que, além da falta de dinheiro, não há grandes jogadores disponíveis no mercado, e isso é um complicador.

O Galo deve definir um técnico o mais rápido possível. Que busque algo no mercado, talvez nos países vizinhos, e arme uma equipe que deixe o torcedor otimista. Com um time apenas para disputar a competição, sem condição de ganhar, o torcedor vai se afastar. Ele quer títulos, taças e comemorações. Quem tem de usar a razão é o dirigente. Torcedor não está nem aí para números financeiros. Porém, o presidente não pode e não deve ser irresponsável. Trabalhar com os pés no chão, administrando todos os fatores, é fundamental para o futuro. Sei que o torcedor não entende isso. Quando ele vê o rival, com dívidas e taças, pensa logo que sua equipe deve fazer a mesma coisa.

A verdade nua e crua é que o Cruzeiro é a melhor equipe do Brasil. A China Azul, como batizou o saudoso Roberto Drummond, está em festa com mais uma conquista – na verdade, um título que não tem mais a expressão que tinha no passado, mas que os jogadores comemoraram. O cruzeirense está pensando grande. Quem sabe uma nova Tríplice Coroa, com Copa do Brasil ou Brasileiro, Libertadores, e até Mundial. Sim, sonhar, não custa nada. Como diria o cruzeirense Lô Borges: “os sonhos não envelhecem”. Parabéns, Nação Azul.

Que Minas Gerais esteja no topo do futebol brasileiro. Que Cruzeiro e Atlético possam nos brindar com títulos, taças e comemorações. Afinal, o futebol existe para isso.! Vem aí o Brasileirão’2019. Bons jogos, torcedores!

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