O novo

No meio, ainda falta sintonizar o Elias com o time, ainda parece sem posição definida. Mas o time melhorou. Agora, imaginem se der certo, o quanto o Atlético estará economizando. Porque a contratação de um treinador de grife custaria, no mínimo, R$ 500 mil por mês. Isso para não falar na turma que ele traria, porque hoje não se contrata um técnico, se contrata uma comissão técnica. Pode dar certo, pode dar errado, mas é certo que a nova geração de treinadores não significa apenas uma mudança na forma de jogar de uma equipe, significa uma tremenda economia financeira.

O interino atleticano mostrou que não é de repetir fórmulas. Vejam que depois do jogo contra o América, muita gente já queria o Tomás Andrade como titular. Mas o Larghi não agiu politicamente, fez o que achou correto, Usou outros jogadores que estavam no banco e deu certo. Ganhou o jogo e a confiança do grupo.

Houve um tempo em que contratar um treinador significava a aquisição de um profissional. Hoje, a mudança de comando de um time acarreta a contratação de um grupo. Nada contra eles, mas o fato é que muitas vezes o trabalho não corresponde ao investimento. Por outro lado, acho que muita gente irá repensar os valores salarias a serem pedidos. Afinal, tem uma turma nova estudiosa e de muito futuro, pedindo passagem.

Um dos problemas do interino é que, se efetivado no cargo, deixa de ser aquele funcionário do clube que fazia seu serviço quase despercebido e passa a correr o risco de ser até demitido no caso de uma derrota.  Isso já aconteceu com muita gente.

Estranho! Muita gente que não se comportou bem quando era jogador, e agora é comentarista, quer ditar regras para o Neymar. De repente o cara se torna um santo conselheiro, a palmatória do mundo, o dono da verdade. O mesmo vale para certos ex-árbitros que, de repente, no cargo de comentaristas, cobram dos ex-colegas. Que dureza. Ainda outro dia, estava ouvindo a Rádio Jornal de Recife, gosto de ter uma ideia do que ocorre em outros centros. Tudo seguia muito bem, até que anunciaram a opinião do Wilson de Souza Mendonça. Parei de ouvir, afinal, não tinha ali por perto remédio para o fígado.

Mesmo culpando a arbitragem pelo resultado do jogo contra o Atlético, o América mostrou que sabe muito bem das suas carências. A presença do Wesley dará ao meio-campo do Coelhão a experiência e a visão de jogo que faltou nos dois clássicos disputados. Aos poucos o elenco vai ficando como dizem os especialistas, encorpado.

Posso estar enganado, mas esse time reserva do Cruzeiro é muito bom. Jogadores experientes mesclados com uma nova geração competente. Pode perfeitamente manter o aproveitamento no Campeonato Estadual. 

Que Cazares veremos em campo no próximo jogo? É a dúvida que fica. Contra o Botafogo-PB ele foi muito bem, resta saber se continuará acordado. Vai ver o que Ricardo Oliveira conseguiu enquadrar o rapaz. 

Quando a atual diretoria do Cruzeiro assumiu, só se falava em dívidas e dificuldades. Pois bem, o certo foi que souberam contornar a situação, e o grupo que assumiu o futebol azul deixando muitas dúvidas, tem hoje um dos melhores elencos do nosso futebol. Agora é hora de pensar na Libertadores. O nível de competitividade é outro, mas o clube conhece muito bem a competição.