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Judô: Arbitragem da derrota de Maria Portela não é passível de revisão

Brasileira perdeu no golden score para a russa Madina Taimazova

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Maria Portela deixou o tatame aos prantos
foto: Gaspar Nóbrega/COB

Maria Portela deixou o tatame aos prantos

Não é possível entrar com nenhum tipo de pedido de revisão das decisões da arbitragem da eliminação de Maria Portela para a russa Madina Taimazona, na segunda rodada do judô feminino na categoria até 70kg nos Jogos Olímpicos de TóquioA brasileira foi derrotada no golden score por falta de combatividade, após mais de dez minutos de luta.


O resultado gerou controvérsia, uma vez que, já em situação de golden score, Portela conseguiu derrubar Taimazova. Após análise do vídeo por parte dos árbitros, o golpe não foi considerado wazari, e a luta seguiu, até a eliminação da brasileira após punição com o terceiro shido.

Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Confederação Brasileira de Judô (CBJ) confirmaram a impossibilidade de pedido de revisão. "Foi uma decisão bem polêmica, mas pessoalmente penso que poderia ter marcado (o wazari que daria a vitória a Portela)", comentou o chefe nacional da modalidade em Tóquio, Ney Wilson.

Em entrevista após a dura derrota, a gaúcha de 33 anos assumiu a responsabilidade e preferiu não culpar a arbitragem. “O árbitro, se a gente não define, ele tem que definir. E quem tiver um pouco mais de iniciativa, vai levar. Não foi culpa dele. Eu tinha que ter sido mais agressiva, imposto mais o ritmo, por mais que não fosse efetiva, que foi o que ela fez e acabou levando”, disse.

Arbitragem não considerou que o golpe de Maria Portela foi um wazari
foto: Jack Guez/AFP

Arbitragem não considerou que o golpe de Maria Portela foi um wazari


Ela era candidata ao pódio no lendário Nippon Budokan, templo do judô japonês. Com a eliminação, perdeu a chance de conquistar aquela que seria a segunda medalha brasileira nos Jogos de Tóquio. No último domingo, Daniel Cargnin conseguiu o bronze na categoria até 66kg.

Portela começou a chorar assim que a oponente foi declarada vencedora da luta. Depois de deixar o tatame, enxugou as lágrimas e já mirou a disputa por equipes. “Eu estou muito triste por não ter conseguido seguir na competição, mas agradeço a Deus por ter chegado até aqui e a todos aqueles que tiveram comigo nessa preparação para os Jogos Olímpicos para que eu chegasse aqui na melhor forma possível”, disse.

“Agora quero ajudar a equipe para chegar no pódio. Sei que meu ponto é muito importante e o foco é esse, contribuir para que possamos evoluir na competição porque somos um time muito forte”, completou.

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